Família de rapaz desaparecido faz ‘investigação paralela’

Matéria publicada pelo Midiamax três semanas após o sumiço do corretor de gado Há vinte dias, a vida do sitiante Benvindo Rodrigues Borges Neto é procurar o filho do nascer ao por do sol. A busca só para quando começa a escurecer. Ele está à procura de Willian Borges de Matos, de 22 anos, que […]

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Matéria publicada pelo Midiamax três semanas após o sumiço do corretor de gado

Há vinte dias, a vida do sitiante Benvindo Rodrigues Borges Neto é procurar o filho do nascer ao por do sol. A busca só para quando começa a escurecer. Ele está à procura de Willian Borges de Matos, de 22 anos, que trabalhava com compra e venda de gado.

Segundo seo Loro, como ele é conhecido, o filho saiu de casa na noite do dia 24 de maio para comprar gado em uma fazenda em Maracajú. Ele residia no lote 140 do Assentamento São Pedro, em Sidrolândia.

“Meu filho foi procurado por um homem chamado Edson Siqueira Cavalcanti e ele falou que tinha um gado para ser vendido em Maracajú, mas exigiu que meu menino levasse R$ 25 mil que era o dinheiro da entrada, que o resto dava prazo”, conta o pai.

De acordo com a família, Willian saiu de casa às 20h de uma segunda-feira, dia 24/05, acompanhado de Edson. O combinado é que eles iriam dormir numa fazenda já no município de destino.

“Mas o rapaz voltou e meu menino não voltou. Ele fala que não viu meu filho, que ele não sabe e nem sabia que meu filho tava comprando gado. Mas no dia, meu outro filho o viu na casa do Willian”, afirma.

No dia do desaparecimento, Willian trajava calça jeans e uma camisa pólo de cor vermelha tinha o costume de usar boné e botina.

Seo Loro conta ainda que o filho ligou para um vizinho avisando que estava saindo com o Edson, e que devido a isso, o suposto corretor teria sido preso na sexta-feira, porém foi liberado no sábado (12/06).

“Eu não acreditei nisso, prenderam ele e depois soltaram. O Edson passou uma mensagem pro nosso vizinho dizendo que na terça-feira 25/05 eles estariam em Maracajú, ele comprou um carro no valor de R$ 9.500,00 na Capital e isso foi comprovado e o pai dele falou que ele não tinha dinheiro para isso”, revoltou-se.

A família está fazendo uma investigação paralela. E conforme eles, o pai de Edson afirmou que o filho saiu com o carro da família e um vizinho confirmou que o suspeito chegou de madrugada.

“Não estão fazendo nada, o rapaz tem várias passagens. Ontem foi meu aniversário (13/06) e o maior presente seria meu filho de volta. Ele tem uma filha de 4 meses. Eu perdi minha mulher a cinco anos e terminei de criar meus filhos, estou sofrendo muito”, desabafou o pai.

A família explica que além da investigação paralela, já são mais de cem pessoas no assentamento procurando em toda região, todos os dias. “Eu saio todos os dias para procurá-lo, e quando escurece volto para casa. Fui ver um corpo que apareceu no Rio Vacaria e graças a Deus não era ele”, conta.

Com tristeza e palavras simples, o patriarca diz que não tem dúvidas que Edson executou o filho dele, mas que não vai desistir de buscar justiça.

“Eu só quero meu filho de volta e a verdade tem que ser dita, preciso saber da verdade”, finalizou.

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