No caminho até a final, Espanha e Holanda eliminaram times que apostaram na defesa e no contra-ataque rápido para vencer. Os espanhóis eliminaram Portugal, Paraguai e Alemanha, enquanto os holandeses derrotaram eslovacos, brasileiros e uruguaios.

Para isso, contaram com o domínio da posse de bola e muita troca de passes. Na final, nenhum dos dois deve esperar o adversário e a disputa pelo controle do jogo deve ser ferrenha.

 Segundo estatísticas disponibilizadas pela Fifa, A Espanha toca mais a bola do que a Holanda. E com mais eficiência. Em seis partidas, a Fúria trocou 4206 passes, com um índice de acerto de 80,5%, média de 701 por jogo. A Laranja Mecânica, por sua vez, completou 3366 toques, com uma eficiência de 72%. São 561 passes por jogo.

“Ambas as seleções procuram o mesmo estilo de jogo. É muito similar, ainda que a Espanha tenha jogado melhor”, admitiu o técnico holandês Bert van Marwijk, na sexta-feira.

Se os espanhóis tocam melhor, os holandeses finalizam com mais qualidade. Em todos seus jogos na Copa, a Laranja Mecânica chutou a gol 80 vezes, com um índice de acerto de 51%. Das 41 finalizações que foram ao gol, 12 vazaram as metas adversárias.

A Fúria até chutou mais. Foram 103 finalizações, mas só 40 chegaram ao gol, um aproveitamento de 38,8%. A equipe só fez sete gols. Isto faz com que a eficiência gols/chute na Espanha seja de 7% e na Holanda de 15%. O dobro.

No setor defensivo, a Holanda faz mais faltas e tem um goleiro menos exigido, mas a Espanha desarma melhor. São 98 faltas cometidas pelos holandeses contra 62 dos espanhóis. A Laranja também é mais indisciplinada, com 13 cartões amarelos contra só três da Fúria. Steklenburg fez 14 defesas contra 19 de Casillas. Nos desarmes a briga é parelha, mas os campeões europeus levam a melhor. 43 a 40.

No duelo tático, a Holanda opta por um 4-2-3-1, enquanto a Espanha joga no 4-2-2-2. Se a Fúria tem em Villa seu principal definidor – marcou cinco dos sete gols – Van Persie não colabora muito com gols. Cabe a Sneijder ser o finalizador da equipe. Robben e Kuyt atacam, mas também voltam para marcar, enquanto no meio espanhol, Xabi Alonso, Iniesta, e Xavi armam e marcam, enquanto Busquets fica mais para proteger a zaga.