Em prova conturbada, australiano vence prova da Indy em SP

Em uma corrida caótica, que chegou a ser paralisada por causa da chuva, o australiano Will Power, companheiro do brasileiro Hélio Castro Neves na Penske, venceu neste domingo a primeira edição da São Paulo Indy 300. O norte-americano Ryan Hunter-Reay, da Andretti, chegou na segunda colocação, logo à frente de Vitor Meira, da A.J. Foyt, […]

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Em uma corrida caótica, que chegou a ser paralisada por causa da chuva, o australiano Will Power, companheiro do brasileiro Hélio Castro Neves na Penske, venceu neste domingo a primeira edição da São Paulo Indy 300.

O norte-americano Ryan Hunter-Reay, da Andretti, chegou na segunda colocação, logo à frente de Vitor Meira, da A.J. Foyt, que foi o terceiro, colocando o Brasil no pódio.

Raphael Matos foi o outro brasileiro de destaque, concluindo a prova na quarta posição.

O fim de semana da Indy no Brasil foi repleto de polêmicas. O treino de definição do grid de largada, inicialmente marcado para a tarde de sábado, precisou ser adiado para manhã de hoje devido a problemas na reta do Sambódromo, ponto de largada e chegada da corrida.

Os pilotos reclamaram muito das condições do piso da reta, que é feito de concreto, e não de asfalto, ao contrário do restante da pista, e chegaram a comparar o local criticado a uma pista de gelo.

A solução encontrada pela organização da prova foi lixar o piso para deixá-lo mais áspero e com maior aderência, além de fazer pequenas ranhuras no traçado para tentar evitar o acúmulo de água de uma possível chuva.

As medidas foram elogiadas pelos pilotos depois do treino livre desta manhã e da sessão classificatória.

O esforço para deixar a pista menos lisa poderia ser comprometido por uma fraca chuva, que começou a cair no Anhembi antes da largada e durou poucos minutos.

A largada já registrou os primeiros acidentes da prova. Vários carros deslizaram e bateram em oponentes. A batida mais grave envolveu o brasileiro Mário Moraes, que subiu no carro do norte-americano Marco Andretti.

No pelotão da frente, o grande beneficiado foi o brasileiro Raphael Matos, que pulou da 12ª para a quinta colocação. Franchitti manteve a liderança e Tagliani, o segundo posto. Dario Franchitti manteve a liderança e Alex Tagliani o segundo posto.

A primeira bandeira amarela durou 22 minutos, e a relargada após ela correu sem incidentes. Na 19ª volta, o norte-americano Hunter-Reay deixou para trás Tagliani e assumiu a vice-liderança após longa perseguição ao canadense.

A batida da venezuelana Milka Duno, na 22ª volta, provocou grande correria nos boxes. Os pilotos aproveitaram a bandeira amarela para trocarem pneus. Nos boxes, o brasileiro Tony Kanaan conseguiu ultrapassar Tagliani.

Logo depois da bandeira verde, Hunter-Reay fez bela manobra e conseguiu ultrapassar Franchitti. Na sequência, deixou para trás a suíça Simona de Silvestro, que virou líder por não ter ido aos boxes pouco antes, e assumiu a ponta.

Na mesma volta em que Hunter-Reay ganhou a ponta, Tony Kanaan foi para o meio do pelotão da corrida. Ele se envolveu em um acidente com Dan Wheldon e Tagliani. Pouco depois, a chuva começou a cair intensamente.

A pancada de água deixou a prova impraticável, inclusive criando pontos de alagamento no traçado. Rapidamente, a bandeira amarela foi agitada. O pelotão de frente foi alterado. Hunter-Reay manteve a ponta e o australiano Will Power pulou para o segundo lugar, deixando Franchitti em terceiro.

Na 35ª volta, a direção de prova decidiu paralisar a corrida. Assim, os carros tiveram que retornar aos boxes para aguardar uma definição sobre o que seria definido.

A corrida ficou paralisada por cerca de 35 minutos e recomeçou já com a decisão de que a prova terminaria por tempo (duas horas), e não mais no número de volta previstos (75), que não poderia mais ser alcançado dentro do limite de tempo.

Hunter-Reay e Power foram para os boxes ainda com bandeira amarela para trocarem os pneus. Ainda calçado com pneus de chuva, Franchitti recuperou a liderança, mas a cedeu para o antigo líder quando foi para o pit stop.

A segunda posição foi para Raphael Matos, que conseguiu superar Will Power e Ryan Briscoe em uma bela disputa entre vários pilotos (inclusive retardatários) na pista.

Briscoe se recuperou pouco depois e ganhou não apenas a vice-liderança, como também a ponta, deixando para trás Hunter-Reay. Will Power se juntou ao grupo, deixando a disputa pelas três primeiras posições completamente aberta.

Só que aí Briscoe errou. O australiano acertou a barreira de pneus, deixando a vitória para Hunter-Reay, que não conseguiu segurá-la.

A três minutos do fim da prova, Will Power conseguiu ultrapassar o adversário e ficou com o troféu.

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