Campanha para doação de sangue e medula óssea começa em Corumbá

O Hemonúcleo de Corumbá, em parceria com o Rotary Clube e a Casa da Amizade, promovem a partir de hoje, 19 de novembro, uma campanha para duas causas muito importantes da saúde: a doação de sangue e o cadastramento para o registro nacional de doadores de medula óssea. A ação segue até amanhã, dia 20. […]

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O Hemonúcleo de Corumbá, em parceria com o Rotary Clube e a Casa da Amizade, promovem a partir de hoje, 19 de novembro, uma campanha para duas causas muito importantes da saúde: a doação de sangue e o cadastramento para o registro nacional de doadores de medula óssea. A ação segue até amanhã, dia 20.

Em Corumbá, segundo a coordenadora do Hemonúcleo, Miriam Philbois, a campanha de doação de sangue visa a manutenção e a renovação do estoque do banco de sangue da cidade. Ela destaca que todos os tipos sanguíneos são necessários, entretanto há uma demanda maior por pessoas do tipo O+ e O- (doador universal).

Ela frisa que qualquer pessoa entre 18 e 65 anos e com bom estado de saúde é um doador em potencial. Esclarece ainda que, diferente da prática passada, o doador não deve estar em jejum. “Como também faremos a campanha no sábado à tarde, orientamos apenas que a pessoa deixe passar duas horas depois do almoço para a doação”, comentou ao avaliar que, desde o momento quando o doador preenche uma ficha até o final da doação leva-se, em média, 50 minutos.

Também feita através da coleta de sangue, mas numa quantidade bem pequena, apenas 5 ml, o cadastramento para o registro nacional de doadores de medula óssea é uma importante ferramenta para as pessoas que necessitam de doação.

O transplante aplica-se para pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causadas por algum tipo de câncer no sangue, como por exemplo, leucemia, além de portadores de aplasia de medula ou pacientes cuja medula tenha sido destruída por irradiação, por exemplo.

“Aos poucos, as pessoas estão se conscientizando da necessidade da doação para o cadastro. Há um preconceito muito grande de pessoas que pensam que é um procedimento muito incisivo para avaliação da medula, mas não é, a quantidade que se retira é bem menos que a de um hemograma”, disse ao Diário, Liane Dresch, presidente da Casa da Amizade.

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), entidade ligada ao Ministério da Saúde, em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos no cadastro. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Agora há 1,6 milhão de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%.

Mesmo assim, são necessárias campanhas como esta porque se estima que a compatibilidade seja por volta de 35% entre doadores parentes e de 0,1% entre pessoas não aparentadas. Essa compatibilidade é medida pela semelhança de antígenos entre doador e receptor.

Outra informação quase desconhecida é que o cadastramento no Redome não significa obrigatoriedade de doação. Assim que o sistema reconhece um possível doador, com base no material genético coletado, ele é consultado sobre a possibilidade da doação.

Caso aceite, o doador passa por uma pequena cirurgia de aproximadamente 90 minutos. São feitas de 4 a 8 punções na região pélvica posterior para aspirar a medula, que corresponde a menos de 10% presente no doador. Em poucas, semanas o organismo recupera a quantidade doada.

A pessoa que irá receber o material coletado passa antes por um tratamento que destrói a sua medula. Por meio de transfusão, ela recebe a nova medula que já começa a produzir novas células. Na campanha em Corumbá, as pessoas quem quiserem se cadastrar terá que preencher um questionário e serão submetidas à coleta de sangue.

O Hemonúcleo de Corumbá fica localizado na rua Colombo, 1250, entre as ruas 15 de Novembro e 7 de Setembro, no Centro.

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