No interior de MS, candidatos reclamam que concurso beneficiou noras de políticos

Um processo seletivo público elaborado pela Agiliza Concursos sob a encomenda da prefeitura de Rochedo está dando o que falar na cidade. Tudo porque os inscritos suspeitam que recursos foram deferidos apenas para beneficiar duas candidatas, uma delas nora do prefeito e outra do presidente da Câmara. Um candidato que preferiu não se identificar, alegando que […]

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Um processo seletivo público elaborado pela Agiliza Concursos sob a encomenda da prefeitura de Rochedo está dando o que falar na cidade. Tudo porque os inscritos suspeitam que recursos foram deferidos apenas para beneficiar duas candidatas, uma delas nora do prefeito e outra do presidente da Câmara.

Um candidato que preferiu não se identificar, alegando que a cidade é pequena e que isto poderia lhe trazer transtornos, disse à reportagem que as candidatas em questão disputaram vagas de professor de letras -português inglês, e enfermeiro, respectivamente.

No edital do resultado do concurso, uma das candidatas obteve 42,50 pontos na prova 1 e 20 pontos na prova 2, o que totaliza 62,50 pontos. Depois de entrar com recurso ela obteve 37,50 na 1 e 35 na 2, elevando a marca para 72,50 pontos.

O outro caso é o que mais chamou a atenção dos demais candidatos. Na prova 1, a candidata conseguiu 30 na prova 1 e 20 na prova 2, totalizando 50 pontos. Depois do recurso a nora do prefeito chegou a 47,50 em ambas, subindo para 95 pontos. Isto significa que ficou em primeiro lugar geral do concurso.

A reportagem entrou em contato com o prefeito Adão sobre as suspeitas lançadas sobre o concurso. Ele disse que está absolutamente tranqüilo quanto à lisura do processo seletivo. “Teve prazo pra recurso e quem fez a prova e o julgamento foi a empresa contratada pra isto”, diz.

No caso, a empresa é a Agiliza Concursos. Segundo o chefe do executivo municipal, aproximadamente 2.400 candidatos fizeram o teste para variados cargos.

O presidente da Câmara de vereadores também foi procurado, mas seu celular está desligado desde a última sexta-feira. Uma das possibilidades é que ele esteja em sua chácara. No local não há sinal de telefonia móvel.

O Midiamax também conversou com o primeiro-secretário da mesa diretora da Câmara, vereador Agnei Alves da Conceição (PMDB). Ele disse que só vai se manifestar sobre o assunto quando conversar com o presidente da Casa de Leis. “É estranha a subida na pontuação. Não que isto não seja possível, mas vou procurar me interar sobre isto”, diz.