O Boletim divulgado nesta segunda-feira, 10, trouxe na projeção de crescimento econômico para este ano. A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 seguiu em 2,19%, contra 1,84% há um mês. Considerando apenas as 33 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 oscilou de 2,19% para 2,18%.

Para 2024, o Relatório Focus também mostrou estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, em 1,28%, ante 1,27% de um mês atrás. Considerando apenas as 31 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 teve forte recuo, de 1,34% para 1,20%.

Em relação a 2025, a mediana variou de 1,81% para 1,80%, mesmo porcentual de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que recuou de 1,90% para 1,88%, contra 1,95% de um mês atrás.

No fim de maio, o Ministério da Fazenda aumentou sua projeção oficial para o PIB deste ano, de 1,61% para 1,91%. Mas o secretário de Política Econômica (SPE) da Fazenda, Guilherme Mello, disse ao Broadcast que o resultado pode ficar mais perto de 2,5%. No Banco Central, a estimativa atual é de 2,0%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.

O Boletim Focus mostrou um de estabilidade nas projeções para as contas públicas este ano na edição publicada hoje. A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto em 2023 permaneceu em 60,60%, mesmo nível de um mês atrás.

Para o déficit primário em relação ao PIB este ano, a mediana variou de 1,02% para 1,00%, contra 1,05% um mês antes. O Ministério da Fazenda sustenta que deve entregar um resultado deficitário de 1,0% do PIB em 2023, ou menor. Já a estimativa para o déficit nominal este ano recuou de 7,74% para 7,70% do PIB, de 7,85% há um mês.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros

Para 2024, a estimativa para a dívida líquida também ficou estável, em 64,00%. Há quatro semanas, a expectativa era maior, de 64,40% do PIB. Já o déficit primário esperado para 2024 se manteve em 0,80%, longe da meta prevista pelo governo de resultado neutro (0% do PIB). O déficit nominal projetado na Focus permaneceu em 7,00% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,70% e 7,00% do PIB, nessa ordem.