Desemprego cai para 7,7% e fecha trimestre com menor taxa dos últimos oito anos no país

Nos últimos três meses, o número de desempregados caiu 3,8%, chegando a 8,3 milhões de pessoas

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Compras aumentam durante a Black Friday. (Midiamax/Arquivo)

O segundo trimestre de 2023 encerrou com a menor taxa de desocupação registrada desde fevereiro de 2015 (7,5%) no Brasil. Dados da PNDA Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgados nesta terça-feira (31) apontam que o trimestre encerrado em setembro de 2023 recuou 0,4 ponto percentual, fechando o período em 7,7%.

Nos últimos três meses, o número de desempregados caiu 3,8%, chegando a 8,3 milhões de pessoas. Enquanto o número de ocupados atingiu um patamar recorde na série histórica, com 99,8 milhões de pessoas empregadas.

Se comparado ao trimestre anterior, de abril a junho de 2023 (8,0%), a queda foi de 1,0, ante o mesmo trimestre móvel de 2022 (8,7%). Já o número de ocupados cresceu 0,9%, o que representa 929 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Com isso, o nível da ocupação foi estimado em 57,1%.

Taxa de subutilização registra menor patamar desde 2015

A taxa composta de subutilização (17,6%) encerrou o trimestre estável, com queda de 2,5 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre de 2022 (20,1%). Os números representam a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015 (17,4%).

Em todo o país, a população subutilizada é de 20,1 milhões de pessoas, segundo a pesquisa, o número é considerado estável. Além disso, foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016 (19,983 milhões).

Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é considerada subutilizada toda a população com 14 anos ou mais de idade que está desempregada, trabalha menos do que poderia, não procurou emprego, mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego, mas não estava disponível para a vaga.

Empregados com carteira assinada lideram crescimento

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Imagem ilustrativa. (Divulgação, Governo de MS)

Entre as categorias que apresentaram maior crescimento no número de ocupados, a maioria corresponde a empregados com carteira assinada no setor privado, cerca de 587 mil pessoas, ou seja, um acréscimo de 1,6%.

Conforme o IBGE, essa foi a única categoria analisada pela pesquisa que apresentou crescimento significativo. As demais permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento dessa categoria foi de 1,1 milhão de pessoas (3,0%).

Em relação aos setores econômicos analisados pela pesquisa, o único que registrou aumento significativo no número de ocupados foi o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,5%, ou mais 420 mil pessoas).

Rendimento mensal cresce 1,7%

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(Foto: Álvaro Rezende, Governo de MS)

O rendimento médio real teve um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e encerrou o período estimado em R$ 2.982. Se comparado ao mesmo período do ano passado o crescimento foi de 4,2%.

“Entre as atividades, houve expansão significativa do rendimento dos trabalhadores da indústria e da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

Houve altas no rendimento médio real habitual das seguintes categorias: empregado com carteira de trabalho assinada (1,9%, ou mais R$ 51), empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (2,1%, ou mais R$ 93) e conta-própria (2,3%, ou mais R$ 54).

A massa de rendimento real habitual (R$ 293 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica, com um avanço de 2,7% frente ao trimestre anterior e 5,0% na comparação anual.

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