Vagas na indústria criativa crescem no país, mas salários caem
Mapeamento foi divulgado
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Mapeamento foi divulgado
Os empregos na indústria criativa cresceram 0,1% em 2015 na comparação com 2013, totalizando 851,2 mil trabalhadores, conforme Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, divulgado na última semana pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “No período em que o Brasil perdeu, nesses dois anos de análise, 900 mil postos de trabalho, qualquer saldo positivo é comemorado. E a indústria criativa foi positiva”, disse o gerente do Programa da Indústria Criativa do Sistema Firjan, Gabriel Pinto.
A maioria das vagas foram abertas na área de cultura (patrimônio e artes, música, artes cênicas e expressões culturais), que teve crescimento de 7,1% no período analisado. “Foi basicamente a gastronomia que puxou a cultura para cima, porque se consolidou como uma expressão cultural”.
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro concentram a metade dos empregos criativos no país, com 328 mil e 99 mil trabalhadores, respectivamente. Em São Paulo, a maior parte dos profissionais (69 mil) estão na área de publicidade; e no Rio, em tecnologia.
A participação da produção da indústria criativa, no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, aumentou de 2,56%, em 2013, para 2,64%, em 2015, gerando R$ 155,6 bilhões. No ranking por estados, a maior participação da indústria criativa no PIB estadual foi registrada em São Paulo (3,9%), seguida do Rio de Janeiro (3,7%) e Distrito Federal (3,1%), superando a média nacional.
De acordo com a sondagem, 18 unidades da Federação mantiveram ou ampliaram a participação do PIB Criativo no período pesquisado. O número de estabelecimentos ligados ao setor cresceu 5,6%, somando 239 mil, em 2015.
Remuneração
Em termos de remuneração, o mapeamento mostra que os profissionais, em todos os estados, ganham acima da média nacional de R$ 2.451, porém os salários caíram em 23 unidades federativas entre 2013 e 2015. No Rio de Janeiro, os salários chegam a R$ 9.826, com aumento de 300%. No Ceará, a remuneração subiu 40%.
Segundo Gabriel Pinto, as remunerações maiores no Rio de Janeiro estão relacionados pelo fato de o estado ter grande número de empresas ligadas à e tecnologia. “O Rio de Janeiro é responsável por representar a identidade brasileira. Identidade e marca são valorização do produto e essa valorização também se reflete na remuneração. O Rio de Janeiro dita moda, dita comportamento, concentra grande parte do parque tecnológico brasileiro, tem uma força muito grande nesse sentido”.
A maior queda ocorreu no Tocantins (-25%), resultado da redução nas áreas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e biotecnologia.
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