Dólar sobe mais de 1% e volta a fechar acima de R$ 3,30, com ação do BC

Acumula valorização de 2,73%

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Acumula valorização de 2,73%

O dólar comercial fechou esta terça-feira (5) em alta de 1,11%, cotado a R$ 3,301 na venda. Foi o terceiro avanço seguido da moeda norte-americana, que havia subido 0,99% na véspera (4).

No mês, o dólar acumula valorização de 2,73%. No ano, no entanto, tem queda acumulada de 16,39%.

Atuação do BC

O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio, pela terceira sessão seguida. O BC vendeu 10 mil contratos de swap reverso, que equivale à compra futura de dólares. Esse tipo de intervenção não vinha sendo feito por mais de um mês.

“O BC viu uma oportunidade e aproveitou. Parece a decisão correta, o mercado de fato estava comprando demais a ideia de um dólar baixo”, disse à agência Reuters o operador de um banco nacional que opera diretamente com o BC.

A ausência de intervenções havia levado muitos investidores a apostar que o BC sob o comando de Ilan Goldfajn, novo presidente, seria menos propenso a atuar no câmbio do que sob seu antecessor, Alexandre Tombini.

Intervenções pontuais

Nesta manhã, o indicado à diretoria de Política Monetária do BC, Reinaldo Le Grazie, afirmou que intervenções pontuais que sirvam para corrigir fortes variações são práticas saudáveis desde que não alterem a trajetória do dólar.

Operadores disseram acreditar que o BC não tem como objetivo manter o câmbio em algum patamar específico, mas quer apenas moderar o movimento.

Cenário externo

No exterior, o clima era de pessimismo. O referendo britânico do mês passado gerou forte instabilidade nos mercados financeiros globais.

A apreensão voltava a prevalecer nesta sessão, mesmo após o presidente do banco central britânico, Mark Carney, afirmar que a instituição provavelmente precisará oferecer mais estímulos econômicos.

“A semana efetivamente começa hoje e o ambiente é negativo para o real. A preocupação com (a saída britânica da UE) voltou e a atuação do BC não dá espaço para o dólar cair mais”, disse à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo Corrêa.

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