Maioria dos consumidores não foi convencida pelas promoções e está reticente em fazer compras

O primeiro dia útil do ano foi de movimento tímido no comércio das ruas centrais de Campo Grande. Nas vitrines, lojas anunciam preço único, abaixo dos R$ 100, e peças com até 70% de descontos, mas a maioria dos consumidores não foi convencida pelas promoções. Poucas sacolas e a maioria comprando apenas algum artigo que faltou nas compras de fim de ano.

A pedagoga Maria Cristina Nascimento diz que esperava “gastar até o que não tinha” caso encontrasse boas promoções, mas não achou os preços baixos. “Ia aproveitar e comprar até no cartão de crédito, mas as promoções não estão compensando”, afirma.

As amigas Alice Lopes e Luciene Tácio foram comprar sapatos, mas não as promoções não estavam atraentes, disseram. Segundo elas, as compras são para um compromisso, mas perceberam pouca mudança nos preços. “Tudo normal. Não tem grande diferença”, diz Alice.

A vereadora de Alcinópolis, Maria Vital, aproveitou uns dias em Campo Grande para comprar o que ficou faltando nas compras de fim de ano e diz que também não percebeu mudança. “Estão normais [os preços]. A gente tem até medo de gastar”, diz.

O aposentado Ramão Sandim, também foi ‘fazer as compras que faltaram’. Ele diz que aproveitou algumas promoções, mas que os preços não estão tão baixos.

Entre os consumidores que foram às ruas, alguns já aproveitaram o dia de folga para antecipar a compra dos materiais escolares. A diarista Fátima Aparecida Ferreira foi uma delas. Ela aproveitou para comprar os materiais escolares da filha, de 13 anos. Ela conta que resolveu aproveitar o começo do ano para evitar tumultos e aproveitar os preços.

“Em janeiro fica mais em conta. Se deixar para o final, os preços são maiores”.  Fátima diz ainda que não sentiu aumento nos preços dos itens escolares. “Está quase igual ao ano passado”, pontua.

Já os comerciantes se dividiram. Alguns comemoraram as vendas no fim de ano e dizem acreditar que os primeiros dias de 2015 serão de movimento intenso. Já outros, são mais cautelosos e dizem que o movimento só deve começar na próxima semana, após o pagamento dos salários.

Responsável por uma loja de roupas, Delma Sandim comemorou as vendas do fim de ano. O estoque da loja, que tem um preço único, já está quase acabando e segundo ela, a expectativa é de que tudo seja vendido nos próximos dias. “Tem muita gente de fora, que estava na cidade, e veio comprar e gente que viajou e levou para parentes”, conta.

O gerente de uma loja de calçados na 14 de Julho também afirma que as vendas no fim de ano tiveram aumento. Marcos Antônio de Castro Sobrinho e diz acreditar que os primeiros dias de 2015 serão movimentados. Segundo ele, as vendas no fim de 2014, na loja, tiveram aumento de cerca de 10%, em relação ao ano passado. O primeiro dia do ano já tem um movimento considerado normal e “O pessoal fica esperando [as promoções] e já segura o dinheiro”.

Já o  dono de uma loja de uma loja de Roupas na Afonso Pena, Hermes de Souza, diz que o primeiro dia está ‘parado’. Ela espera que as vendas aumentem a partir da quinta-feira da próxima semana. “O pós-natal foi fraco. Nada que empolgue”, destaca.