Representante da ONU visita aldeia com histórico de conflitos por terra em Caarapó
Visitas realizadas em MS irão fazer parte de um relatório que será entregue ao secretário-geral da ONU
Priscilla Peres –
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Seguindo agenda em Mato Grosso do Sul, a subsecretaria da ONU (Organização das Nações Unidas), Alice Wairimu Nderitu esteve nesta quarta-feira (10) em Caarapó. Ela visitou a aldeia Guyraroká, onde há conflitos por demarcação de terras indígenas.
Na região vivem povos indígenas Guarani-Kaiowá, que reivindicam uma área de 12 mil hectares de Caarapó. De acordo com o Mapa de Conflitos da Fiocruz, estudos antropológicos confirmaram a tradicionalidade de Guyraroká e a área teve portaria declaratória publicada pelo Ministério da Justiça em 2009.
Porém, aguarda a demarcação definitiva e a homologação final por parte da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e da Presidência da República.
ONU vai analisar indícios de genocídio no Brasil
Essa é a primeira visita da subsecretaria ao Mato Grosso do Sul. Ela já passou pela região Yanomami, no Norte do Brasil, e investiga denúncias de genocídio contra indígenas em sua passagem pelo país.
Alice Wairimu Nderitu disse que essas visitas às comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, como a que aconteceu na retomada Guapoy, em Amambai, irão fazer parte de um relatório que será entregue ao secretário-geral da ONU.
Visitas em Mato Grosso do Sul
Na terça-feira (9), a representante da ONU visitou a aldeia indígena Guapoy, em Amambai, nesta a realidade dos Guarani Kaiowá. No local, ela conversou com indígenas e acompanhou ritos da aldeia.
Além disso, a subsecretaria ouviu várias lideranças e destacou que o discurso de ódio, a desumanização, a violência e o racismo estrutural e sistêmico são elementos sempre precedentes a um processo de genocídio.
Mais tarde, participou de uma conversa com estudantes e professores, em Dourados. O encontro aconteceu na Fadir (Faculdade de Direito da Universidade Federal da Grande Dourados).
Entre os relatos feitos por representantes das comunidades indígenas e quilombola de Dourados, está o da jovem Juliene Aquino, moradora da Aldeia Bororó. “Estamos cada vez mais espremidos que nem sardinha em lata”, disse a indígena que é estudante de Relações Internacionais.
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