Ônibus para em todos os pontos? Saiba o critério de embarque e desembarque em Campo Grande

Recentemente, uma passageira indagou um motorista de coletivo sobre a razão do ônibus não parar em todos os pontos da via

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Pontos de embarque e desembarque são predefinidos pela Agetran (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Não existe um manual básico para aprender a andar de ônibus em Campo Grande. Acreditar na intuição ou verificar informações que constam no site da concessionária Guaicurus, informativos em terminais ou ainda perguntar para outro usuário/funcionário estão entre as soluções possíveis. Recentemente, uma passageira questionou: o ônibus 085 — Júlio de Castilho não para em todos os terminais da Rua Rui Barbosa?

A dúvida pairou sobre Jackeline Teodoro que usa a linha citada e precisa descer em uma estação inaugurada há poucos meses na Rui Barbosa, que fica na esquina do trabalho. Ela questionou o motorista, que respondeu não poder parar, pois poderia ser multado já que a rota não é estabelecida como local ideal para descer ou subir do ônibus.

“Os terminais não foram feitos para os ônibus pararem para os passageiros descer. Se eu não descer na Rua Barão do Rio Branco, o outro ponto [desembarque] é somente na Rua Maracaju, chegando no pontilhão [da Avenida Calógeras]”. 

Estações de pré-embarque na Rua Rui Barbosa. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Por que não para em todos os pontos?

Segundo a regulamentação do sistema municipal de transporte coletivo entre Campo Grande e o consórcio publicada no Diário Oficial da edição de dezembro de 2007, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) fiscaliza o serviço, assim como é a responsável pela predefinição dos pontos de embarque e desembarque.

O planejamento considera as diretrizes do PDTMU (Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana). Assim, o serviço utiliza da frota operacional, horário, itinerário, linha, tempo de viagem e ponto de parada. Segundo a Agetran, no caso do corredor de ônibus da Rua Rui Barbosa, nem todos os coletivos podem parar na estação pelo grande fluxo de linhas, que atualmente são 40. “Não é possível colocar todas as linhas numa mesma estação, sendo necessário dividir”.

Fora desse corredor, o critério usado é de que a cada 300-400 metros tenha um ponto, a depender da estrutura. Essa medida é aplica não apenas nas rotas de bairros, mas também no Centro da cidade.

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