A da Santa Casa já confirmou a para quarta-feira (28) e apenas 30% do atendimento será mantido para a população do hospital. São 1,4 mil que atuam na unidade, mas apenas 420 vão continuar os atendimentos.

Conforme o SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área da Enfermagem de Mato Grosso do Sul), os enfermeiros vão cruzar os braços a partir das 6h30 e permanecerão no saguão principal do hospital. A paralisação é por falta de reajuste salarial no contrato anual com a categoria.

Desde o início do mês, a categoria tem protestado pedindo a valorização salarial. A paralisação será por tempo indeterminado até a negociação. Na última sexta-feira (23), o SIEMS notificou sobre a greve, por ofício, o Ministério Público do Trabalho, Ministério Público do Estado, Prefeitura Municipal de e Câmara Municipal.

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Escala de enfermagem da Santa Casa funciona com 70% nesta quarta-feira. (Foto: Henrique Arakaki/ Jornal Midiamax)

Tentativas de acordo

De acordo com os enfermeiros, a instabilidade financeira que o hospital passa impossibilita o reajuste. O valor de repasse municipal para a Santa Casa passou para R$ 28 milhões ao mês, mas o hospital solicitava um aporte de mais R$ 12 milhões.

Na última reunião no MPE, o hospital cedeu e apresentou uma proposta de R$ 4,5 milhões a mais, R$ 3 milhões do Estado e R$ 1,5 milhão do município, mas foi recusada pela prefeitura.

O município aponta que desde 2017, no acumulado dos últimos cinco anos, o hospital recebeu aproximadamente R$ 1,7 bilhão em recursos públicos, além de repasses pontuais provenientes de portarias, emendas e incentivos.

Entre 2020 e 2021, período da pandemia, foram mais de R$ 90 milhões. No período de 2017 a 2021, o convênio com a Santa Casa teve um acréscimo de quase R$ 100 milhões, saindo de R$ 238 milhões para R$ 326 milhões ao ano.

Caos na saúde

Simultaneamente, servidores de todos os setores do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) iniciam, nesta segunda-feira (26), greve por tempo indeterminado pedindo reajuste salarial de 24%. Os trabalhadores relatam falta de reajuste anual desde 2019. A unidade passa a atender apenas pacientes urgentes e emergentes.

Wesley Castro Gully, secretário-geral do Sinted–MS (Sindicato dos Trabalhadores de Serviço Público Federal de Mato Grosso do Sul), é técnico de enfermagem há 16 anos e atua há 7 no hospital. Os funcionários pedem correção salarial de 6% ao ano, pois está atrasado há quatro anos.