Com alta procura nos postos, Procon-MS permite limitar venda de combustíveis e gás

Motoristas formaram filas e esperaram horas para abastecer por medo do desabastecimento dos estabelecimentos

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posto de combustível
Posto de combustível em Campo Grande (Foto: Ilustrativa/ Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Com medo de ficar sem gasolina, a população de Mato Grosso do Sul correu para os postos, nesta segunda-feira (31). O sentimento surgiu por conta dos bloqueios dos caminhoneiros nas rodovias, que protestam contra o resultado das eleições.

A alta procura fez com que alguns postos em Campo Grande e Dourados ficassem sem material para vender, já que os motoristas formaram filas e esperaram horas para abastecer.

De acordo com o Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), por conta do risco de também ficarem sem material para venda, os postos de gasolina ou pontos de distribuição de gás podem limitar a venda para os clientes.

Filas nos postos já foram registradas em Campo Grande, Sidrolândia, Dourados e Bonito nesta segunda. “A limitação é permitida por cada estabelecimento, desde que seja um limite razoável para atender o maior número de consumidores. Também não pode haver aumento de preços, que inclusive pode ser tratado na esfera criminal”, explica o superintendente do Procon/MS, Rodrigo Vaz ao Jornal Midiamax.

Segundo Vaz, em casos onde há risco de desabastecimento, o Código de Defesa do Consumidor permite a prática.

Risco é baixo

O sindicato dos revendedores de gás de cozinha de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota informando que está atento às manifestações realizadas nas rodovias e o consequente bloqueio de produtos essenciais, como o gás de cozinha.

“Como ainda não temos informações concretas, do tempo que vão durar essas barreiras nas estradas, o estoque nas engarrafadoras é de no máximo dois dias em Mato Grosso do Sul”, diz a nota.

Segundo o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS), o risco de desabastecimento a longo prazo é baixo.

“Apenas postos do interior onde os caminhões de abastecimento estão tendo dificuldades para chegar, mas acreditamos que tudo se resolva até quarta-feira”, afirmou Edson Lazarotto, diretor do Sinpetro.

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