Filho ainda tem esperança de encontrar pai que desapareceu há um ano em Dourados

Pai apresentava sinais de Alzheimer e não voltou para casa depois de sair para comprar pão

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Juvenal desaparecido
Idoso está descarecido desde o dia 5 de junho de 2021 (Foto: Arquivo Pessoal)

Wesley Ferreira da Silva divulgou nas redes sociais um desabafo sobre a angústia do desaparecimento do pai, o aposentado Antônio Juvenal Ferreira, de 64 anos. Neste domingo (5), completa um ano em que a família não tem notícias do idoso, que apresentava sinais de Alzheimer, e não voltou para casa depois de sair para comprar pão.

O roteirista fala que a saudade ainda dói, pois, no período em que o pai desapareceu, estavam se reaproximando mais. Ainda no ano passado, os filhos realizavam buscas em vários bairros e, principalmente, na padaria da Vila Vieira, além de clínicas e abrigos. A procura incansável continua, na esperança de encontrar o idoso.

“Certa vez numa aula de filosofia, um grande professor, bateu um papo sobre ‘Deixar a dor para traz e reconstruir uma nova história’, na época, lembro que chorava copiosamente no fundo da sala. Minha relação com meu pai sempre foi complicada, havia amor e carinho mas o álcool era sempre o problema. Foi o que minou por anos a nossa relação. Sempre tentei entender a origem mas ele nunca quis essa conversa”.

pai desaparecido
Antônio, no centro da foto, com o filho Wesley, à esquerda (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois da aula, Wesley iniciou um processo de se reaproximar do, como ele diz: ‘meu velho’. Desde então, estavam amis unidos e presentes um na vida do outro. “A gente estava se reconectando a tal ponto que dei uma camisa social e uma camisa do Flamengo, 14 do Arrascaeta, que ele adora e como adora. Falava para todo mundo que eu tinha dado pra ele. Talvez se não for fosse tanta briga eu teria sido Flamenguista para seguir a tradição”.

Buscas pelo pai

Após o período conturbado, o pai começou apresentar sinais de Alzheimer, o que já deixava a família em alerta. O desaparecimento foi um baque. “Depois de um ano eu não tenho mais ideia de como procurar, onde procurar eu só tenho a fé. Ei, seu Juvenal, onde estiver, eu ‘to’ te esperando”.

O aposentado vestia uma camisa clara, calça e sapato escuro. Informações sobre o paradeiro dele podem ser enviadas ao número 67 99870-9564 ou à polícia.

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