Em dez anos, número de famílias chefiadas por mulheres cresce 77% e supera homens em MS
Elas são responsáveis por 172 mil famílias no Estado, segundo o IBGE
Priscilla Peres –
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As mulheres eram responsáveis pela chefia de 466 mil residências em 2021, esse número é 77,8% maior do que em 2012, quando elas respondiam por 262 mil famílias. No mesmo período os lares onde os homens são os principais responsáveis, sofreu redução de 15,2%, em Mato Grosso do Sul.
Os dados são da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em Campo Grande, a realidade é a mesma do Estado, sendo que entre 2012 e 2021, as mulheres se tornaram chefes de 172 mil famílias, um aumento de 72%.
Já o percentual de residências chefiadas por homens teve redução ainda mais expressiva na Capital, caindo 21,6% na década. Se em 2012 eles respondiam por 174 mil famílias, hoje o número é de 143 mil domicílios em Campo Grande.
Mais pessoas morando sozinhas
Em dez anos aumentou em 31,6% o número de pessoas morando sozinhas em Mato Grosso do Sul. Os homens ainda são maioria nas residências compostas por um único morador e somam 97 mil em todo o Estado. Porém, neste período aumentou em 26% o percentual de mulheres que optaram por morar sozinhas.
Em Campo Grande o cenário é bem parecido. Homens são maioria nas casas com uma única pessoa, mas subiu o número de mulheres na mesma condição. Esse é um movimento nacional. Em 2021, havia 72,3 milhões de domicílios particulares permanentes no país, contra 61,5 milhões em 2012.
“Há um padrão etário. Das mulheres que moram sozinhas, cerca de 60% são idosas, enquanto os homens que moram sozinhos são, em média, mais jovens”, avalia o analista da pesquisa do IBGE, Gustavo Geaquinto.
Mulheres e famílias
As famílias nucleares, que são aquelas formadas por um casal com ou sem filhos, ou um dos pais com os filhos, ainda são a grande maioria em Mato Grosso do Sul. Somavam 562 mil em 2012 e chegaram a 637 mil em 2021, um aumento de 13,3%.
O que chama a atenção é a quantidade dessas famílias que passaram a ser chefiadas por mulheres, que sofreu aumento de 100%, ou seja, dobrou o número de domicílios nessa condição em Mato Grosso do Sul.
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