Com cartazes e pedido de respeito, alunos do IFMS protestam contra apologia ao nazismo
Aluno é investigado por suposta apologia e ameaça aos colegas; estudante foi afastado
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Dias após o suposto caso de racismo e apologia ao nazismo, alunos do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) protestaram em frente ao campus de Campo Grande, com cartazes e pedido de respeito, nesta quinta-feira (17). O aluno investigado, que teria ameaçado colegas, pediu transferência e já não faz mais parte do quadro estudantil.
O diretor da unidade, Dejanyr Lopes, informou que no mesmo dia em que o caso ganhou repercussão na mídia, na última terça-feira (15), o aluno pediu afastamento da instituição. Agora, o IFMS irá instituir práticas e medidas para evitar situações de ódio semelhantes.
No horário de almoço, os alunos serão convidados para uma roda de conversa, para debater o assunto e informar sobre as adoções em circunstâncias. Ainda segundo o responsável, as vítimas e mães estão recebendo todo suporte e acompanhamento da instituição.
Em frente ao campus, alunos protestavam com cartazes com escritas: “Nazistas não passarão” e “Discurso de ódio não é opinião”.
Caso
A Polícia Civil de Campo Grande investiga um suposto caso, onde jovem é suspeito de ameaçar matar e torturar colegas de classe por serem negros. Segundo o boletim de ocorrência, mães dos estudantes que foram vítimas do suposto nazista informaram que o suspeito chegou a dizer que o “IFMS é um lugar propício para um massacre”. O suspeito também teria dito que já tem uma lista com os nomes dos alunos que ele mataria.
Ainda de acordo com o registro policial, o estudante se autointitula nazista. Em fevereiro, o suspeito teria falado que mataria um dos colegas e que outro seria torturado. Em outra ocasião, o suposto autor chegou a dizer a um estudante: “Tu não é ariano, te coloco pra assar”.
Transferência
O pai do aluno disse ao Jornal Midiamax que o filho estava na mesa no horário do almoço com os três colegas negros falando sobre o trabalho escolar que tinha como tema, economia e política social, quando veio à tona assuntos relacionados ao ‘apartheid’ e ‘holocausto’.
O aluno teria dito na mesa que tudo poderia ser resolvido com o holocausto, sendo que o garoto em seguida teria afirmado que nenhum dos colegas escaparia das mãos de Hitler. “Ele é um menino religioso e, na verdade quem sofreu bulling foi ele”, disse o advogado.
Ainda segundo o pai do aluno, ficou comprovado pelas apurações feitas pelo instituto que o filho não foi autor de crimes de racismo ou apologia ao nazismo já que nenhuma prova foi apresentada. O garoto já teve a transferência feita pelos pais.
(Com Thatiane Melo e Daniele Errobidarte)
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