Alunos de Campo Grande são os que mais experimentaram cigarros e drogas no Brasil, aponta IBGE
Quase metade dos adolescentes afirmaram ter fumado cigarro pelo menos uma vez em Campo Grande
Fábio Oruê –
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Os estudantes de Campo Grande foram os que mais experimentaram cigarros e drogas dentre as capitais brasileiras, segundo pesquisa PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), que reúne respostas de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, de 2009 a 2019.
Superando valores nacionais, em Campo Grande, 41,5% dos estudantes fumaram cigarro pelo menos alguma vez, colocando a Capital no topo do ranking. Na sequência, estão Rio Branco (30,9%) e Palmas (29,1%). No Brasil, esse índice foi de 21,0%.
Ainda na Cidade Morena, na divisão por sexo, 45,8% dos estudantes campo-grandenses eram mulheres e 36,4% homens. Na divisão por unidade administrativa da instituição, 47,5% eram da escola pública e 13,3% do ensino privado.
Para um consumo recente de cigarros, ao menos em um ou dois dias, nos 30 dias antes da pesquisa, Campo Grande também lidera o ranking comparativo com as demais capitais brasileiras. Dos 13,8% dos escolares que responderam positivamente para a pergunta, 15,7% eram da escola pública e 4,6% do ensino privado.
Narguilé e cigarro eletrônico
Em relação ao percentual ao narguilé, Campo Grande novamente lidera com 51,1% dos estudantes que responderam positivamente para a pergunta. Na sequência, estão Brasília ( 46,7 %) e Curitiba (44,5%). No Brasil, esse índice foi de 28,9%.
No quesito consumo de cigarro eletrônico, a Capital sul-mato-grossense também se destaca em relação às demais, configurando o 1º lugar no ranking, com 30,9% dos estudantes do 9º ano que provaram alguma vez o produto em questão. Brasília (29,0%) e Goiânia (25,2%) figuram a segunda e a terceira posição.
Consumo de álcool é grande entre as meninas
A experimentação de bebida alcóolica entre os estudantes de Campo Grande foi de 67,1%. Esse percentual foi maior entre as meninas, sendo que 70,8% delas afirmaram que já experimentaram bebida alcoólica alguma vez, em 2019.
Para os meninos, o indicador foi de 62,7%. Na divisão por instituição de ensino, 70% eram da escola pública e 53,5% do privado.
Em Capital, o percentual de estudantes que sofreram algum episódio de embriaguez na vida foi de 53%. Na divisão por sexo, 56,8% dos estudantes campo-grandenses eram mulheres e 47,7% homens, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas)
Já o percentual de escolares que tiveram problemas com família ou amigos, perderam aulas ou brigaram, uma ou mais vezes, porque tinham bebido, foi de 19,6%. Esse é o maior índice entre as capitais brasileiras. Recife (19,5 %) e Brasília (19,3%) estão na segunda e a terceira posição.
Drogas antes dos 14 anos
A experimentação ou exposição ao uso de drogas também foi investigada na pesquisa. Em Campo Grande, o percentual de escolares do 9º ano do ensino fundamental que experimentaram drogas ilícitas alguma vez na vida foi de 19,3%.
Novamente, esse é o maior índice entre as capitais brasileiras. Na divisão por tipo de instituição, 22,5% eram da escola pública e 3,8% do ensino privado. Por sexo, 22,6% dos estudantes campo-grandenses eram mulheres e 15,2% homens. No país, esse índice foi de 12,1%.
Já o percentual de alunos que usaram drogas ilícitas pela 1º vez com 13 anos ou menos foi de 11,9%, se destacando, mais uma vez, entre as demais 26 capitais brasileiras.
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