Uso de capacete e cinto em MS: quanto maior a instrução, maior a prudência no trânsito, diz IBGE

Dados são da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019

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Dados divulgados na Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostram que, em Mato Grosso do Sul, quanto maior o grau de instrução das pessoas, maior o nível de prudência dela no trânsito, especificamente no que diz respeito ao uso de capacetes e cinto de segurança.

Conforme o estudo, em um cenário de 618 pessoas entrevistadas, o resultado foi de que 98,3% daquelas que têm nível superior de ensino completo usam capacete quando estão de moto. Entre as pessoas sem instrução ou com nível fundamental incompleto, 92,3% usam capacete. Entre pessoas com fundamental completo e ensino médio incompleto, 97% usam capacete e, entre aquelas com o médio completo e superior incompleto, 97,8% usam.

Ainda no âmbito do uso de capacetes, 96,3% afirmaram que fazem uso do equipamento de segurança. Entre os homens, o percentual é de 96,1% e, entre as mulheres, de 93,9%. Na divisão por idades, usam capacete: 96,2% das pessoas entre 18 e 29 anos; 95,9% das pessoas entre 30 e 39 anos; 96,6% das pessoas entre 40 e 59 anos; e 97,2% das pessoas com 60 anos ou mais.

Cinto de segurança

Ao todo, o IBGE entrevistou 1.140 pessoas a respeito do uso de cinto de segurança quando estão dirigindo ou quando estão como passageiras no banco da frente. Como na pesquisa sobre uso do capacete, o resultado também apontou que quanto maior o grau de formação, maior a possibilidade de usar o cinto. Ou seja, entre pessoas sem instrução e com ensino fundamental incompleto, 77,2% usam o  cinto quando dirigem ou estão na frente como passageiras. 

Entre aquelas com ensino fundamental completo e médio incompleto, 71,7% usam o cinto. Com ensino médio completo e superior incompleto, 74% usam o cinto e, entre pessoas com nível superior completo, 81,9% usam cinto de segurança. Porém, quando o assunto é cinto de segurança no banco de trás, apenas 48% dos sul-mato-grossenses fazem uso do equipamento.

O número coloca o estado atrás dos demais no Centro-Oeste, como no Mato Grosso, onde 56,9% dos entrevistados alegaram usar cinto no banco traseiro, assim como em Goiás, 66,4% e Distrito Federal, com 78,3%. Campo Grande também ficou atrás de todas as capitais no que diz respeito ao uso do cinto no banco da frente, com 85,6% dos entrevistados.

Em todo o Brasil

No país, em 2019, 79,7% das pessoas de 18 anos ou mais de idade sempre usavam cinto de segurança no banco da frente quando dirigiam ou andavam no banco da frente como passageiro, incluindo táxi, aplicativos de transporte e similares. As mulheres apresentaram percentual mais elevado (81,5%) que os homens (77,7%). Na área urbana, 82,6% adotavam esta prática, ante 61,1% na área rural. As menores taxas foram na Região Norte (69,5%) e no Nordeste (69,7%) e as maiores, no Sudeste (85,4%), Sul (84,6%) e Centro-Oeste (81,8%). A proporção de pessoas que sempre usavam cinto no banco de trás foi de 54,6%.

No Brasil, das pessoas que informaram dirigir motocicleta, 82,6% sempre usavam capacete. Entre as pessoas com maior escolaridade este percentual foi o mais alto (91,6%) e entre aquelas com menor escolaridade, foi o mais baixo (74,4%). Observou-se também uma nítida distinção no hábito de utilização desse equipamento entre pessoas residentes na área rural (60,7%) e na urbana (89,2%).

As Regiões Sul (95,7%), Centro-Oeste (95,0%) e Sudeste (94,4%) tinham os maiores percentuais de pessoas que sempre usavam capacete quando dirigiam motocicleta, e Norte (69,5%) e Nordeste (68,6%), as menores proporções.

A proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que usavam capacete como passageiros de motocicleta, no Brasil, foi de 77,3%, sendo 81,8% na área urbana e 57,6% na área rural.