Quase 1 ano após início da campanha, ainda tem campo-grandense com medo da vacina contra Covid
Imunizados, moradores da Capital incentivam pessoas próximas a tomar vacina
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Mesmo com a aplicação da 3ª dose da vacina contra a Covid-19 e estudos que compravam a eficácia dos imunizantes, uma pequena parcela de campo-grandenses ainda tem medo de se imunizar. Seja por descrença ou interferência das fake news, a não imunização atinge várias camadas da sociedade. Mas de onde vem essa motivação? Alguns moradores da Capital responderam esse questionamento ao Midiamax.
Imunizado, Araldo dos Santos, de 64 anos, estava com a esposa e o neto na praça Ary Coelho. No seu dia a dia, a presença de pessoas antimáscara e contra a vacina é frequente, munidas de pouca ou quase nenhuma fundamentação.
“Nós já tomamos até a terceira dose. Tenho pessoas próximas que não tomaram nem a primeira, dizem que têm medo de tomar. Eu digo que a vacina é ótima, sou a prova viva”, disse ele.
Sobre o motivo que fomenta esse pequeno grupo, seu Araldo foi incisivo. “Fica ouvindo besteira”.
Para o vigilante Reinaldo Guimarães, de 52 anos, pegar o coronavírus antes da vacina chegar ao Estado só fez aumentar a sua vontade de estar imunizado, e não entende a objeção desse grupo
“Peguei Covid-19 antes da vacina chegar, mas me recuperei. Eu já tomei as três doses, tenho conhecidos que não tomaram por medo da reação. Eu falo pra ir tomar, porque o que eu passei não foi brincadeira. A tecnologia de hoje está avançada, eu confio na vacina”, explicou.
Notícia falsa pelo bairro
Para a servente Maria Antônia, de 51 anos, o fantasma das notícias falsas ronda há meses o bairro Nova Lima. Segundo ela, é comum ouvir pessoas que não tomaram nenhuma das doses. “Lá no meu bairro tem um punhado, você escuta no ônibus. Falam que a vacina é tudo ilusão e se tiver que morrer vai morrer do mesmo jeito”, disse ela.
Para ela, incentivar a vacinação entre os amigos e família é fundamental. “Eu fiz a minha parte, estou vacinada, minha filha vacinou e minhas netas também”, contou.
No caso da autônoma Maxine Daniele, de 27 anos, a falta de fé na vacina está no seio familiar. “Tenho uma prima de 22 anos que até hoje não se vacinou. Acho que ela tem medo, só não sei do quê. Eu tomei e falo pra ela tomar, é bom pra prevenir e não contaminar as pessoas”.
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