Furtos de materiais de cobre estão se tornando cada vez mais comuns em Campo Grande. De bueiros a grades de ‘bocas de lobos' e até mesmo o cajado de um santo e o pé de um poeta estão na mira dos criminosos.

Em abril deste ano foi registrado o de um dos pés da estátua do poeta Manoel de Barros, localizada na avenida Afonso Pena. Pouco tempo depois a ‘vítima' foi outra obra, a imagem de São Judas Tadeu da Paróquia Santuário.

A dupla, 32 e 38 anos, responsável pelo furto do cajado de São Judas Tadeu foi identificada e indiciada por furto, dano e alterar o aspecto ou estrutura em razão de seu valor religioso. Eles alegaram que não tinham intenção de danificar a imagem, apenas furtar o cajado.

Além destes dois furtos, são inúmeras as mensagens e reclamações de moradores sobre o furto de tampas de bueiros e grades de boca de lobo. Conforme relatam comerciantes da Vila Nhanhá, é durante a noite que esses materiais ‘desparecem'.

“Tem mais de uma semana que estão furtando essas tampas de bueiro que ficam na calçada”, comentou Rosemilda Pereira, 55 anos, ao jornal Midiamax. Outro caso ocorreu nesta segunda-feira (10), no Jardim Aero Rancho, moradores da rua Clevelândia afirmam que o furto ocorreu em partes e a última grade foi levada durante a madrugada.

Alto valor

Conforme explica o delegado Gustavo de Oliveira Bueno, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelo caso da imagem de São Judas Tadeu, esse tipo de crime ganhou força devido ao aumento no preço do cobre e minério de ferro.

“O preço do produto passou, assustadoramente, de R$ 15,00 para R$ 40,00”, disse o delegado ao explicar do porque o material vêm chamando tanta atenção dos criminosos.