Na zona rural de Campo Grande, moradores temem até ir para cidade por causa da pandemia
A 30 quilômetros de Campo Grande, os efeitos do coronavírus e da quarentena também afetam a rotina dos moradores do distrito de Rochedinho. Por lá, ainda não há nenhum caso confirmado, mas os moradores temem vir para Campo Grande e acabarem contaminados. Na Capital, já são 23 casos confirmados de coronavírus. Crislaine Pereira é um […]
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A 30 quilômetros de Campo Grande, os efeitos do coronavírus e da quarentena também afetam a rotina dos moradores do distrito de Rochedinho. Por lá, ainda não há nenhum caso confirmado, mas os moradores temem vir para Campo Grande e acabarem contaminados. Na Capital, já são 23 casos confirmados de coronavírus.
Crislaine Pereira é um exemplo de quem evita pôr os pés em Campo Grande sem necessidade. Ela conta que trabalha em um escritório de advocacia na Capital, mas o trabalho foi suspenso por conta da quarentena. Enquanto isso, ela trabalha como freelance em uma conveniência de Rochedinho. Ela conta que teme pegar a doença, caso tenha que voltar a Campo Grande.
Proprietário de um depósito em Rochedinho, Júlio César, de 30 anos, também tem medo de ser contaminado em Campo Grande. Ele conta que evita ir à Capital pois teme contrair o coronavírus e transmitir para a família. “Chega a ser absurdo, ver que muitas pessoas não estão se importando. O pessoal de fazenda, principalmente, não se importa muito com os cuidados de prevenção”, comenta.
Alexandre Barbosa, de 39 anos, é dono de um estabelecimento de produtos agropecuários em Rochedinho e concorda que as pessoa da área rural não têm tanto cuidado com o coronavírus. “O pessoal da fazenda vem e cumprimenta com a mão. Para eles, é uma ofensa se a gente não cumprimentar, eles acham que [o coronavírus] não é nada”, diz.
Ele conta que tem medo da transmissão do vírus porque tem um bebê em casa. No estabelecimento, ele deixa álcool em gel à disposição dos clientes.
Mudança de rotina
Os impactos do coronavírus chegam a Rochedinho em forma de prejuízo. Os comércios da região já percebem uma queda de movimento e têm até dificuldade em repor estoque. Alexandre afirma que percebeu uma queda de 40% nas vendas e que não sabe como vai repor a mercadoria, já que não está conseguindo comprar.
No depósito de Júlio César, a alternativa foi se adaptar. Ele conta que agora realiza entregas e ainda faz o atendimento via WhatsApp. Na conveniência onde Crislaine trabalha, houve uma queda de vendas em até 80%. Ela explica que o local era um ponto de parada de ciclistas, mas os clientes desapareceram após a quarentena.
A rotina mudou também nas igrejas. O padre Reinirio Rojas, de 70 anos, explica que as missas estão sendo realizadas com apenas três pessoas, já que os fiéis eram em sua maioria idosos. Outra mudança na rotina é que o padre deixou de fazer visitas a comunidades.
Ele acredita que foi uma boa ideia permitir que as igrejas reabram, desde que aconteça sem aglomeração.
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