Após um ano e meio com cateter no rim, paciente sofre hemorragia e família acusa hospital de negligência
Internado desde o último sábado (18) com hemorragia, um paciente sofre risco de perder o rim, após ter um cateter calcificado pelo organismo depois de ficar com o material na região por mais de um ano. Precisando de uma cirurgia no valor de R$ 22 mil, a família acusa a Santa Casa de Campo Grande […]
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Internado desde o último sábado (18) com hemorragia, um paciente sofre risco de perder o rim, após ter um cateter calcificado pelo organismo depois de ficar com o material na região por mais de um ano. Precisando de uma cirurgia no valor de R$ 22 mil, a família acusa a Santa Casa de Campo Grande por negligência médica.
Segundo a esposa, Heidi Mara Celestino Barbosa, o marido sofria de dores, foi internado em maio do ano passado. Após o diagnóstico, foi levado para uma cirurgia, que não teve resultado. Inicialmente, a internação seria de 90 dias. .
“Ele estava com uma pedra travada no canal da urina. Colocaram o cateter e encaminharam para a cirurgia de laser, que não funcionou. Os médicos entraram em greve e ficaram mais de 8 meses. Pedimos encaminhamento para outro lugar, não davam. Fomos na Defensoria Pública que só agendava consulta com urologistas, que diziam que a Santa Casa tinha que terminar o procedimento. Quando passou a greve, os médicos entraram de férias, e o aparelho estava quebrado”, disse.
Ainda conforme Heidi, tentaram transferência para outras unidade, mas com as complicações, médicos estão com dificuldades para tratar o caso, pois o material ideal para realizar a cirurgia não tem disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Os médicos do HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) tentaram, com o cateter calcificado, ele fez cirurgia, mas os médicos não conseguiram retirar. Agora, ele está com hemorragia, no sábado ele quase morreu de tanto sangue que perdeu. O cateter rompeu a uretra dele. Os médicos temem, pois o precedimento com um aparelho de retirada não tem pelo SUS, só em clínica particular. Abri outra denúncia da Defensoria Pública, que se não resultar em nada, os médicos tentaram outra cirurgia, que é de risco.”
Em nota, a Santa Casa informou que não deixou de acompanhar e monitorar o caso durante e depois do período de internação. No mês de abril, ele passou por uma cirurgia para inserir um cateter duplo J à direita, para eliminação de cálculo renal. Afirmam que a greve terminou no mês de outubro e, em novembro recebeu retorno pela Sisreg (Secretaria Municipal de Saúde de Regulação).
“Em 20 de janeiro de 2020 paciente procurou atendimento e houve um encaixe para consulta na urologia da Santa Casa, sendo atendido e encaminhado para procedimento em outro hospital. Em 17 de fevereiro paciente passou por consulta no Hospital Universitário. O retorno via Sisreg na Santa Casa de Campo Grande estava agendado para 27 de abril, mas foi cancelado devido à pandemia”, explicou a nota.
A nota também ressalta que o mesmo estava com consulta agendada no posto de saúde da Vila Almeida, mas não compareceu conforme consta no sistema de regulação.
“A Santa Casa esclarece que não houve negligência no atendimento, sendo este paciente devidamente acompanhado, inclusive com encaixe de consulta. Lembramos que neste período de pandemia, os casos urgentes e emergentes estão sendo atendidos normalmente, sendo cancelados somente procedimentos eletivos que não venham a comprometer o quadro do paciente”, finaliza.
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