Mesmo encontrando várias dificuldades no dia a dia, a moradora da favela do Mandela, Francielly Gabriela Argilar, de 23 anos, entende que a segurança física dos filhos vem em primeiro lugar. Grávida de cinco meses do 3° filho, a jovem moradora pede ajuda para fazer reparos no barraco que mora, pois, a estrutura está começando a despencar.
A casa com dois cômodos e um banheiro abriga a família de quatro pessoas. Em breve cinco, com o bebê que está chegando. Com a estrutura feita com restos de madeira de guarda-roupas, a umidade causada pela chuva e vazamento está preocupando Francielly, que teme a queda do alicerce e paredes.

“Imagina só, a gente está aqui dentro deitado na cama e esse barraco cai? Fico morrendo de medo por causa dos meus filhos. Na chuva fica mais difícil ainda porque a água começa a entrar e molha tudo”, disse.
Para impedir que a umidade se prolifere, a jovem encaixa panos entre os vãos das madeiras para conseguir adiar o que parece ser inevitável.
O medo se intensifica ainda mais, pois, a fossa da pequena casa fica bem na cozinha, logo abaixo do fogão. “Eu conseguindo material para arrumar a casa vai ajudar muito, porque aí eu posso mudar a cozinha de lugar. Tenho medo que essa fossa afunde de repente”, disse a reportagem.
Além da estrutura de madeira que está caindo, a casa de Francielly também está com o piso cedendo. O chão cimentado há dois anos agora está com buracos e partes levantadas que quase já causaram acidente doméstico. “Eu estava fazendo comida aqui [na cozinha], aí meu filho mais novo veio e prendeu o pé nesse buraco perto da pia. Fiquei com medo que pudesse ter caído e quebrado a perna”, disse.

No banheiro, a mesma situação. Com pouca luz para iluminar e chão também prejudicado, até mesmo ela tem que tomar muito cuidado na hora de tomar banho, pois a barriga dos cinco meses de gestação já limita a visão que ela tem do piso.
“A água do banheiro está vazando para a cozinha. Quando a gente vem tomar banho tem que ter cuidado, porque o chão está igual ao da cozinha, é perigoso se machucar”, contou Francielly.
Assim como os dizeres que estampam a faixa na entrada da favela, Francielly aceita qualquer doação, mas afirma que a prioridade é manter os filhos seguros de qualquer incidente. “Não vou falar pra você que eu não preciso de outras coisas como comida e roupa, mas agora isso é o mais urgente. Não quero que ninguém se machuque aqui”, relatou.
Para quem quiser ajudar Francielly, o telefone de contato é (067) 99194-1866.