Após o fechamento de sete escolas no último ano, o Governo de MS deve ‘municipalizar’ duas escolas estaduais em Campo Grande. Como passam a ser municipais, as escolas não devem oferecer o Ensino Médio e os alunos destas turmas devem ser realocados em outras unidades.

Conforme apurou o Jornal Midiamax, as escolas estaduais Profª Hilda de Souza Ferreira, no Coophatrabalho, e Nicolau Fragelli, no São Francisco, devem se tornar escolas municipais. Pais já foram avisados, seja por reunião ou por recado escrito, e a mudança já deve ocorrer a partir do primeiro semestre de 2020.

A SED (Secretaria de Estado de Educação) ainda não confirmou a ‘municipalização’ das escolas, mas afirma que as mudanças serão anunciadas na sexta-feira (29), durante o lançamento da Matrícula Digital 2020. Segundo a secretaria, nenhum estudante ficará sem escola e nenhum servidor estadual de educação ficará sem lotação.

“Com relação aos diretores e coordenadores pedagógicos, no último final de semana foi realizado processo seletivo e, após o resultado, os mesmos serão lotados, conforme procedimento classificatório estipulado”, diz a SED.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) de Campo Grande e aguarda posicionamento.

Sete escolas fechadas

Desde o início de 2019, sete escolas estaduais fecharam em Mato Grosso do Sul. Por enquanto, ainda não há uma estimativa de economia com o fechamento das escolas. A titular da SED (Secretaria de Estado de Educação), Maria Cecília Amêndola da Motta, explicou ao Midiamax que as escolas têm sido reordenadas devido à redução dos alunos na escola. Segundo ela, este processo é normal e natural, já que as famílias têm tido cada vez menos filhos.

“Entre 2010 e 2019, houve uma redução de quase 52 mil alunos. Se a gente considerar que cada sala tem uma média de 30 alunos, são muitas salas. Antes, as famílias tinham até sete filhos, hoje em dia são dois, no máximo”, diz.

Em janeiro, o Governo fechou as escolas estaduais professor Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, no bairro Lar do Trabalhador, e a Zamenhof, no Amambaí. Antes, outras duas escolas haviam fechado: a Riachuelo, na Capital e Abadia Faustino, em Camapuã, a 135 km de Campo Grande. Em julho, o governo ainda fechou o ensino noturno na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no bairro Universitário.

Escola Riachuelo, que teve o maior número de reclamações, no fim de dezembro, quando foi ‘transferida’ para um dos andares da Escola Hércules Maymone, a aproximadamente seis quilômetros de distância.