Reinaldo fecha 7 escolas em um ano e Governo ainda não tem estimativa de economia
Desde o início de 2019, sete escolas estaduais fecharam em Mato Grosso do Sul. Foram quatro escolas fechadas no primeiro semestre, uma de ensino noturno no meio do ano e mais duas anunciadas nesta semana: no residencial Octávio Pecora e no Jardim Flamboyant. Por enquanto, ainda não há uma estimativa de economia com o fechamento […]
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Desde o início de 2019, sete escolas estaduais fecharam em Mato Grosso do Sul. Foram quatro escolas fechadas no primeiro semestre, uma de ensino noturno no meio do ano e mais duas anunciadas nesta semana: no residencial Octávio Pecora e no Jardim Flamboyant. Por enquanto, ainda não há uma estimativa de economia com o fechamento das escolas.
A titular da SED (Secretaria de Estado de Educação), Maria Cecília Amêndola da Motta, explica que as escolas têm sido reordenadas devido à redução dos alunos na escola. Segundo ela, este processo é normal e natural, já que as famílias têm tido cada vez menos filhos.
“Entre 2010 e 2019, houve uma redução de quase 52 mil alunos. Se a gente considerar que cada sala tem uma média de 30 alunos, são muitas salas. Antes, as famílias tinham até sete filhos, hoje em dia são dois, no máximo”, explica.
Segundo a secretária, ainda não é possível estimar o quanto foi economizado com o fechamento das escolas. Segundo ela, a economia não é o único motivo para a reordenação das escolas estaduais e que, por outro lado, o governo tem feito investimentos nas escolas de tempo integral. “Não temos como falar neste momento de quanto será a economia. Estamos aumentando as escolas de tempo integral, isto tem um custo maior”.
Motta explica que o governo tem trabalhado em regime de colaboração com os municípios na questão dos fechamentos das escolas. Assim, alunos do ensino infantil e de séries iniciais são remanejados para escolas municipais. Os alunos do ensino fundamental II e de ensino médio são realocados em outras escolas estaduais.
Protestos
Nesta semana, a SED anunciou o reordenamento das escolas estaduais Advogado Demosthenes Martins, no Conjunto Residencial Octávio Pecora, e da Professor Carlos Henrique Schrader, no Jardim Flamboyant. A medida foi recebida com indignação de servidores, pais e alunos, que fizeram protestos na manhã desta quarta-feira (20).
Cerca de 320 pessoas protestaram na escola do Jardim Flamboyant nesta manhã. Os manifestantes ainda foram até a ALEMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para pedir apoio dos deputados e evitar o fechamento.
Alunos e professores da escola no Octávio Pecora também são contra a reordenação da instituição. Uma professora da instituição comentou que a escola deve deixar de ser estadual, para ser municipal. Assim, mesmo que o espaço físico continue o mesmo, a escola será outra, pois deixarão de atender o público do Ensino Fundamental II e Ensino Médio para receber alunos do Ensino Fundamental I.
Outras escolas fechadas
Em janeiro, o Governo fechou as escolas estaduais professor Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, no bairro Lar do Trabalhador, e a Zamenhof, no Amambaí. Antes, outras duas escolas haviam fechado: a Riachuelo, na Capital e Abadia Faustino, em Camapuã, a 135 km de Campo Grande. Em julho, o governo ainda fechou o ensino noturno na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no bairro Universitário.
A Escola Riachuelo, que teve o maior número de reclamações, no fim de dezembro, quando foi ‘transferida’ para um dos andares da Escola Hércules Maymone, a aproximadamente seis quilômetros de distância.
A Escola Estadual Riachuelo atendia cerca de 400 alunos no projeto AJA (Avanço do Jovem na Aprendizagem). Na época, a secretária de educação garantiu que o projeto – que corrige a distorção de série dos alunos – vai continuar a existir, com os professores que são especializados.
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