Com protestos após eleição, Bolívia deve fechar fronteira em Corumbá nesta quarta
A fronteira do Brasil com a Bolívia, em Corumbá, a 425 km de Campo Grande, deve ser fechada a partir de quarta-feira (23) após confusão nas eleições bolivianas. Informações preliminares apuradas pela reportagem relataram que manifestantes bolivianos articulam fechar a fronteira como forma de protesto às eleições presidenciais no país vizinho, que estão sob suspeita […]
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A fronteira do Brasil com a Bolívia, em Corumbá, a 425 km de Campo Grande, deve ser fechada a partir de quarta-feira (23) após confusão nas eleições bolivianas. Informações preliminares apuradas pela reportagem relataram que manifestantes bolivianos articulam fechar a fronteira como forma de protesto às eleições presidenciais no país vizinho, que estão sob suspeita de fraude.
Até o momento, nenhuma autoridade brasileira confirmou o protesto. Porém, fontes ouvidas pela reportagem confirmaram articulação para que, nas proximidades do posto de identificação da PF (Polícia Federal), bolivianos impeçam o trânsito de veículos. Desta forma, a travessia entre os países ocorreria apenas a pé.
Conforme apuração do jornal Diário Corumbaense, os líderes dos comitês cívicos da Província de German Busch decidiram há pouco, em reunião na cidade de Puerto Quijarro, que a fronteira vai fechar a partir de 0h de quarta-feira (23).
Os resultados parciais das eleições na Bolívia geraram incerteza e tensão no país após pausa na contagem, que dá vitória a Evo Morales. De acordo com os resultados parciais, com 83,7% dos votos contados, Morales lidera o pleito com 45,28%.
Vale recordar que Morales governou a Bolívia entre 2003 e 2005. Ele teve permissão para concorrer às eleições apesar de violação de constituição boliviana, que só permite uma reeleição. O candidato da oposição acusa o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de ocultar resultados eleitorais e pede uma mobilização nacional. Já houve conflito em Oruro, Cochabamba e La Paz.
Em julho deste ano, a fronteira em Corumbá já foi fechada em protesto à reeleição de Evo Morales. Na ocasião só era possível transitar entre os dois países a pé. Comerciantes bolivianos que vendem produtos em Corumbá tiveram prejuízo, já que não podiam cruzar a fronteira com os veículos.
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