Após casos de raiva na Capital, CCZ orienta o que fazer ao encontrar o animal em casa

Desde o início do ano, já foram registrados três casos de morcegos com raiva em Campo Grande. O caso mais recente foi registrado no bairro Vilas Boas e não há motivo para pânico, mas o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) orienta o que fazer ao encontrar o mamífero em casa. O alerta é para […]

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Desde o início do ano, já foram registrados três casos de morcegos com raiva em Campo Grande. O caso mais recente foi registrado no bairro Vilas Boas e não há motivo para pânico, mas o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) orienta o que fazer ao encontrar o mamífero em casa. O alerta é para caso moradores encontrem morcegos caídos no chão, pois é sinal de que o animal está doente.

A entrada acidental de morcegos em casas e prédios é comum e na cidade eles se alojam em telhados, forros ou locais com pouca incidência de luz. Eles são importantes no controle de insetos, polinização e dispersão de sementes, por isso a orientação é não machucar os bichinhos e sim ligar para o CCZ.

Segundo a médica veterinária Ana Paula Nogueira, é importante observar onde eles se abrigam e assim o Centro pode dar orientações sobre o que fazer pelo telefone. “Caso ocorra ocupação de morcegos em forros e frestas em residências é indicado um procedimento de desalojamento, que deve ser realizado pelo proprietário do imóvel. O CCZ oferece toda a orientação necessária nesse caso” destaca ela.

Nem todos os morcegos têm o vírus da raiva, mas encontrar um morcego caído no chão é sinal de alerta. Eles geralmente não são vistos durante o dia, mas quando estão doentes, ficam caídos no chão, o que facilita o contato com animais domésticos, como cães e gatos.

Neste caso, a orientação é isolar o animal com um pano, balde ou caixa sobre ele e chamar o CCZ. É necessário ainda evitar que os animais de estimação tenham contato com o morcego e manter em dia a vacinação antirrábica anual em cães e gatos. A vacinação é a única forma de proteção contra a doença.

Incurável nos animais e fatal em 100% dos casos, a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos.

Se uma pessoa entrar em contato direto com morcego ou for mordido por algum animal doméstico ou silvestre, deve procurar, imediatamente, a unidade de pronto atendimento mais próxima.

Três morcegos com raiva

Não há nenhum caso confirmado ou em investigação de raiva em humanos ou animais domésticos em Campo Grande. O último caso de raiva em morcego foi confirmado no bairro Vilas Boas. Em 2019, foram 3 até o momento: um caso na Vila Rosa Pires, um na Vila Ipiranga e outro na Vilas Boas, onde foram visitados 996 imóveis e feito o reforço vacinal em 233 animais.

A vacina antirrábica para cães e gatos está disponível o ano todo no CCZ, todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados, das 7h às 21. O telefone de atendimento em caso de morcegos encontrados em residência é o 3313-5000 das 7h às 21h. Se o animal for encontrado fora deste horário, deve manter o morcego isolado e ligar na manhã seguinte ao CCZ.

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