Após 5 meses interditado, trecho da Ernesto Geisel não tem previsão de liberação

Com previsão para terminar em 2020, as obras de revitalização do Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, precisou deixar parte da via interditada para evitar incidentes. A obra está 40% concluída e, trecho interditado há cinco meses, ainda não há previsão de liberação. Na época da interdição, em agosto de 2018, os […]

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Com previsão para terminar em 2020, as obras de revitalização do Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, precisou deixar parte da via interditada para evitar incidentes. A obra está 40% concluída e, trecho interditado há cinco meses, ainda não há previsão de liberação.

Na época da interdição, em agosto de 2018, os moradores reclamaram sobre o fechamento da avenida no sentido centro-bairro, logo após o Shopping Norte Sul Plaza. Os veículos precisam usar como forma alternativa as ruas da Abolição, Dois de Março e Avenida Europa.

Após 5 meses interditado, trecho da Ernesto Geisel não tem previsão de liberação
Maykon Wellington | Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

O transtorno ainda acontece para quem depende de ônibus, pois a linha 051 B, que faz trajeto Terminal Bandeirantes-Shopping precisa fazer desvios nas ruas laterais, prejudicando que precisa ingressar no veículo ou descer.

Maykon Wellington Santos Torres, de 23 anos, disse que os horários da linha nunca mais foram compatíveis com a da tabela, tudo por conta do desvio.

“Os horários não estão batendo mais. O ônibus as vezes atrasa para chegar nesse ponto e, como precisa dar a volta dentro do bairro, acaba chegando bem depois no terminal”, disse ao Jornal Midiamax.

Desvio e prejuízos

Para quem já conhece a interdição, uma das alternativa é desviar acessando a Avenida Salgado Filho, no viaduto da Ernesto Geisel. No entanto, para quem trafega em primeiro momento na avenida, cai “em cima” do desvio e não tem outra opção ao não ser acessar a Rua da Abolição, pois não há sinalização que indique o bloqueio à frente.

O morador e comerciante da região Hudson de Almeida Rodrigues, de 31 anos, diz que a demora na liberação da via prejudica o comércio e causa transtorno aos motoristas que sofrem com os acessos.

Após 5 meses interditado, trecho da Ernesto Geisel não tem previsão de liberação
Hudson de Almeida | Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

“Essa obra aqui está demorando demais, não libera essa parte da avenida e quem sofre somos nós. Quem não conhece a região acaba passando por essa rua, que é perigosa, e tem que seguir até a Brilhante lá na frente. Sem contar que essas ruas são estreitas e não suporta a quantidade de carros nos horários de pico”, comentou Hudson à reportagem.

Sem movimento de clientes, uma revenda de veículos no meio do trecho interditado fechou as portas. A reportagem não conseguiu contatar o proprietário.

Desrespeito de motoristas

Após 5 meses interditado, trecho da Ernesto Geisel não tem previsão de liberação
Vinícius dos Santos | Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

O morador Vinícius dos Santos, de 18 anos, diz que, apesar do trecho estar bloqueado, o desrespeito de alguns motoristas tem passado dos limites. A rua que, em tese está bloqueada, acaba sendo “furada” por condutores, e colocam a vida de muitas crianças que ficam brincando na via.

“Eles descem, retiram os cones e faixas e passam direto, em alta velocidade aqui onde está interditado. Esses dias quase que atropelaram uma criança na rua aqui”, disse.

Vinícius relatou que os moradores já pediram diversas vezes para a Agetran a instalação de bloqueios de concreto para evitar ações como essa, porém o pedido não foi atendido.

Sem previsão de liberação

Após 5 meses interditado, trecho da Ernesto Geisel não tem previsão de liberação
Trecho interditado é de 1 km | Imagem: Google Maps

A assessoria de imprensa da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), explicou que a interdição de 1 km na avenida é por questões de segurança.

“As obras  de revitalização do Rio Anhandui estão 40% concluídas, dentro do cronograma. O solo da região  não suportaria a passagem de veículos com a movimentação que está sendo feita para reconstituição das margens do rio”, explicou Sisep em nota.

 

 

 

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