VÍDEO: Moradores de ocupações lotam estacionamento da Prefeitura em protesto por moradia
Moradores de duas ocupações populares lotaram o estacionamento da Prefeitura de Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (12), em um protesto por definições para áreas destinadas à moradia. São cerca de 2 mil famílias que vivem nas ocupações popularmente chamadas de Homex (no bairro Coelho Machado) e Samambaia (Jardim Los Angeles). O protesto foi organizado […]
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Moradores de duas ocupações populares lotaram o estacionamento da Prefeitura de Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (12), em um protesto por definições para áreas destinadas à moradia. São cerca de 2 mil famílias que vivem nas ocupações popularmente chamadas de Homex (no bairro Coelho Machado) e Samambaia (Jardim Los Angeles).
O protesto foi organizado para a participação das duas comunidades e começou por volta das 9 horas. Logo cedo, às 7 horas, a segurança na sede do Executivo Municipal já havia sido reforçada com a presença da Polícia Municipal. Cinco lideranças conseguiram ser recebidas na Prefeitura e tentam conversar com o prefeito Marcos Trad (PSD) ou com algum secretário.
Os moradores disseram ao Jornal Midiamax que foram cobrar uma resposta da Prefeitura para que as famílias permaneçam nos locais. Eles ressaltam que não querem ganhar o terreno, mas sim, pagar pelos lotes em um programa da Emha (Agência Municipal de Habitação).
A diarista Liliana Reis Cruz, 29 anos, mora na ocupação da Homex há dois anos, com os dois filhos. Ela diz que o prefeito prometeu resolver a situação, mas, até o momento, não houve uma resposta definitiva às famílias.
“Estamos aqui para pedir uma decisão sobre a nossa ocupação. O prefeito prometeu que, se não conseguisse negociação com a Homex, que compraria o local para dividir certinho entre nós. Ele ainda prometeu que se não fosse lá, seria em outro local”, protesta.
Adalvilson Mathias Santos, 39 anos, é uma das lideranças da ocupação do Jardim Samambaia. Ele relata que são 470 famílias morando no Samambaia e 1,6 mil na Homex. “Estamos reivindicando o que ele falou para a gente na audiência pública do ano passado. Já passou um ano e a situação não está definida. Como ele falou que resolveria a situação, as famílias criaram esperança”, afirma.
A desempregada Maísa Franco, 49 anos mora com o esposo, também desempregado na ocupação do Sambaia. “A gente mora há quatro anos no Samambaia e era uma área abandonada. Acho que seria simples para ele, desapropriar e deixar a gente pagar o nosso terreno”, diz.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura, mas, até o fechamento desta reportagem não obteve retorno sobre a situação dos moradores.
Samambaia
A área foi ocupada em 2016 e tem cerca de 18 hectares e fica nas localidades da Avenida dos Cafezais, no Bairro Los Angeles, onde funcionou o clube Samambaia, entre os anos de 1980 e 2005. Os ocupantes alegam ociosidade do terreno e reivindicam a posse da área para construção de casas.
Moradores alegam que o terreno foi escolhido porque estava abandonado há vários anos, e servia apenas de esconderijo de bandidos e ‘desova’ de corpos. As famílias afirmam que, com a invasão, pretendem chamar a atenção para a distribuição de casas populares, que segundo eles nem sempre beneficia quem mais precisa.
Homex
O loteamento também conhecido como Varandas do Campo abriga cerca de 1.000 famílias que ocuparam o local em janeiro do ano passado. As famílias ocupam o terreno que integrava o complexo de apartamentos da empresa mexicana Home- que faliu e abandonou a construção do residencial.
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