Sesau remarca vistoria no Restaurante Universitário da UFMS

Secretaria alegou que feriado da Semana Santa atrasou os trabalhos  

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Secretaria alegou que feriado da Semana Santa atrasou os trabalhos

 

A nova vistoria às instalações do RU (Restaurante Universitário) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), alvo de diversas denúncias sobre a qualidade das refeições servidas no local, teve de ser remarcada, informou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ao Midiamax, na quinta-feira (5).

Apesar do prazo estabelecido pela pasta para nova verificação da Vigilância Sanitária ao estabelecimento ter expirado no último dia 22, a Sesau informou que a vistoria foi remarcada “por conta do feriado da semana passada”.Sesau remarca vistoria no Restaurante Universitário da UFMS

Para “não perder o objeto da ação”, a pasta se reservou ao direto de não divulgar informações sobre o resultado das atividades, tampouco divulgar a data de execução da nova visita ao estabelecimento.

Segundo a Sesau, a Industrial Foods, responsável pelo restaurante, já teria entregue toda a documentação exigida pela Prefeitura para obtenção do alvará sanitário, bem como comprovantes documentais das adequações feitas nas instalações.

Caso as irregularidades constatadas pelos fiscais sejam devidamente solucionadas e constatadas em nova vistoria, a Sesau informou que o estabelecimento terá o alvará sanitário validado. Caso contrário, “o local poderá ser interditado e o proprietário receber sanções mais severas”. A empresa ainda pode receber multa de R$100 a R$ 15 mil.

A pasta já havia informado anteriormente ao Midiamax que, mesmo enquanto a situação não seja regularizada, o estabelecimento pode continuar servindo refeições aos alunos da universidade, independente das constatações verificadas na última visita ao local.

Irregularidades

Na última vistoria, realizada no dia 7 de março, os fiscais verificaram que o restaurante “não implementou adequadamente as boas práticas de manipulação dos alimentos”, conforme preza a legislação sanitária vigente. Segundo as autoridades, a cozinha do restaurante não conta com portas e janelas, o que possibilita a entrada de vetores nos alimentos.

Os fiscais constataram, ainda, dentre outras irregularidades, que “o lavatório de mãos da área quente da cozinha e da área de preparo de saladas não possuía saboneteira nem papeleira”, o que inviabilizava a higienização dos funcionários da empresa.

O banheiro masculino, conforme apresentado no auto de infração, estava “sujo, desorganizado e com mau cheiro”, além de não dispor de papel toalha para higienização das mãos. Os espelhos de tomada também haviam sido retirados e a fiação estava exposta.

A própria universidade alguns procedimentos padrões de manipulação e asseio dos alimentos estavam sendo descumpridos pela empresa.

“As irregularidades verificadas na instalação física funcional atual lesam o trabalho dos manipuladores, e o ambiente torna-se propício a possíveis acidentes, possibilitando também a entrada de vetores e pragas urbanas por causa das portas e janelas externas que se conectam diretamente com a cozinha, estarem sem proteção ou em estado de corrosão”, diz trecho do documento ao qual a reportagem teve acesso.

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