Servidores investigam mortes de detentos em presídios de Campo Grande
Mortes foram constatadas no Presídio de Trânsito e na Máxima
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Mortes foram constatadas no Presídio de Trânsito e na Máxima
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) instaurou uma série de comissões de sindicância para apurar irregularidades internas à Agência. Dentre elas, duas investigam a morte de presidiários em unidades prisionais de Campo Grande.
Uma das mortes investigadas é a do detento Wilson Maciel de Arruda, 62 anos, que foi encontrado morto em sua cela no presídio de Segurança Máxima da capital, no dia 8 de dezembro. A suspeita é de que o idoso tenha morrido por problemas de saúde.
Wilson foi encontrado em estado de óbito por volta das 5h30 daquele dia, após internos baterem nas celas e chamarem agentes. A vítima tinha tuberculose, diabetes, hipertensão e fazia hemodiálise.
Outro óbito a esclarecer foi o do interno Jean Charles da Silva, 24 anos, encontrado morto no dia 10 de janeiro deste ano em uma cela do Presídio de Trânsito de Campo Grande. A vítima cumpria pena por tráfico de drogas há mais de um ano.
Segundo relatos policiais, minutos antes de ser encontrado morto em sua cela, Jean teria consumido drogas e estava muito agitado. Detentos relataram aos agentes que “tudo estava de boa” antes do detento vir a óbito.
Uma terceira comissão de sindicância instaurada pela Agepen vai apurar denúncias de agressões físicas contra o interno do Presídio da Gameleira, Tiago de Lima Santana, que teriam ocorrido no dia 9 de setembro de 2017. O procedimento administrativo não informa quem seriam os agressores.
As comissões de sindicância foram instauradas sob autorização do diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, e terão prazo de 90 dias para concluir as investigações e elaborarem relatórios.
Outras investigações
Com as duas novas comissões instauradas nesta sexta, já são quatro mortes de detentos em unidades prisionais do Estado sob apuração da Agepen em menos de um mês.
Em 16 de fevereiro, a Agência instaurou uma sindicância para apurar a morte do de José Alves do Ouro Filho, 31 anos. A polícia suspeita de que o caso tenha sido um homicídio disfarçado de suicídio.
Já em 31 de janeiro, a morte de José Alécio dos Santos, 35 anos, passou a ser apurada pela Agepen. O órgão quer saber se servidores foram omissos, pois o detento teria sido encontrado morto após pedidos de socorro.
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