Para conseguir consulta ortopédica no CEM, espera é de mais de 2h em pé
O que era para ser um atendimento rápido tem resultado em dores de cabeça e cansaço para quem precisa marcar uma consulta no CEM (Centro de Especialidades Médicas), em Campo Grande. Algumas pessoas relataram esperar mais de duas horas, em pé, para deixar o nome na fila de consultas da ortopedia. A demora exagerada, segundo […]
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O que era para ser um atendimento rápido tem resultado em dores de cabeça e cansaço para quem precisa marcar uma consulta no CEM (Centro de Especialidades Médicas), em Campo Grande. Algumas pessoas relataram esperar mais de duas horas, em pé, para deixar o nome na fila de consultas da ortopedia.
A demora exagerada, segundo os pacientes, é resultado do sistema precário instalados nas máquinas dos servidores. Além disso, a falta de equipamentos para o suporte dos acidentados dificulta a locomoção na saída da Unidade.
A dona de casa Luzia Macedo sofre há 8 anos com dores no joelho e conta que já chegou a ficar 2 horas em pé na fila do atendimento ortopédico. A idosa, de 63 anos, também afirma já ter perdido as contas de quantas vezes esperou o sistema de marcação das consultas destravar e voltar a funcionar.
“A demora é demais e a gente precisa esperar em pé. Aí quando chega a nossa vez ainda tem horas que o sistema cai. Essa parte deveria ser rápida porque é o atendimento inicial onde nós deixamos o nome para ser chamado quando abrir a vaga. Se não bastasse a demora aqui, ainda tem a demora da consulta.”
Situação parecida também passa o aposentado José Ribeiro. Morador do bairro Universitário, o idoso reclama de dores na coluna na fila de espera.
“Tenho 70 anos e fico aqui na fila com dor e dificuldade. Ninguém fala quanto tempo vai demorar até ser atendido e só Deus sabe também quando vão chamar para fazer os exames. Tenho dores na coluna e sou idoso, mas mesmo assim tenho que esperar horas em pé para deixar o nome no sistema.”
Uma fatalidade fez com que Rodrigo dos Santos precisasse ir até o CEM para enfaixar a perna. O jovem, de 23 anos, estava em uma escada quando caiu e teve luxação no tornozelo. Após passar pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Rodrigo foi encaminhado para enfaixar a perna do CEM e saiu da Unidade Médica pulando em um pé só.
“Precisei colocar a tala, mas como não tem muletas disponíveis aqui tive que descer a rampa da saída me equilibrando em um pé só porque o outro não consigo apoiar no chão.”
O paciente garante que a falta do equipamento dificulta na locomoção de quem quebrou o pé. “Eu esperei sentado para colocar a tala, mas depois que o procedimento acabou eles não disponibilizaram nenhum aparato e tive que vim aqui pra fora da forma como deu.”
Sesau
Por meio de assessoria de imprensa, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que não tem demora nos atendimentos do CEM e idosos têm atendimento prioritário.
Ainda conforme a nota, “o Centro Ortopédico Municipal (Cenort), que funciona anexo ao CEM, recebe pacientes com traumas leves encaminhados via unidade básica e urgência e emergência. Todos os atendimentos são pré-agendados, tendo o paciente um horário referenciado para comparecer à unidade, portanto não há fila tampouco espera para “marcar” consulta.”
A Secretaria também ressaltou que “o atendimento, conforme já mencionado, é pré-agendado sendo o fluxo definido por ordem de chegada, salvo os casos onde a legislação determina atendimento com prioridade (idosos, gestantes, deficientes, entre outros). Portanto, os pacientes aguardam para passar já pela consulta, isso em casos ambulatoriais. Aqueles que têm encaminhamento da unidade básica e não são de urgência. Já os casos de urgência e emergência são encaminhados pelas UPAs e CRSs, têm prioridade e são atendidos prontamente, não havendo espera.”
A Sesau também ressaltou que é de responsabilidade do paciente enfaixado levar as muletas. “O fornecimento de muletas ou qualquer outro aparato médico-hospitalar não é de responsabilidade da unidade e sim do próprio paciente. A unidade possui cadeiras de rodas que são colocadas à disposição dos pacientes que tenham dificuldade de locomoção.”
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