Mesmo com onda de proteção pet, campo-grandenses lotam loja de fogos de artifício
As lojas de venda de fogos de artifício na Capital estavam simplesmente lotadas na tarde desta segunda-feira (31), véspera de Ano Novo. Na Rua 7 de Setembro, bem no centro de Campo Grande, até filas se formaram nas calçadas por pessoas que aguardavam atendimento. Porém, a grande procura pelos explosivos ornamentais contrasta com a “onda […]
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As lojas de venda de fogos de artifício na Capital estavam simplesmente lotadas na tarde desta segunda-feira (31), véspera de Ano Novo. Na Rua 7 de Setembro, bem no centro de Campo Grande, até filas se formaram nas calçadas por pessoas que aguardavam atendimento.
Porém, a grande procura pelos explosivos ornamentais contrasta com a “onda de proteção pet” que a cidade vivenciou ao longo de 2018, quando até o Combea (Conselho Municipal de Bem-estar Animal) foi finalmente criado, atendendo o clamor de protetores de animais da cidade.
Ao mesmo tempo, o Prefeito Marquinhos Trad editou decreto no qual proíbe a queima de fogos de artifício com efeitos sonoros e visuais em eventos e inaugurações do Poder Público Municipal – justamente por este motivo, a Capital não terá show pirotécnico durante a tradicional festa da Virada no Altos da Afonso Pena.
Na prática, mesmo com essa maior preocupação com o bem-estar animal, muitas famílias não abrem mão da tradição de produzir um espetáculo de cores, luzes e sons no quintal de casa.
Alta procura
Irene Coutinho de Lima é proprietária de uma loja do segmento localizada na Rua Sete de Setembro – aquela que teve até fila (confira a galeria). A empresária explica que antigamente as pessoas comemoravam o Réveillon dando tiro para o alto e foi pensando na segurança da família e amigos que o pai decidiu abrir o comércio há 40 anos.
“Trabalhamos com um produto de época. Vendemos cerca de R$ 1 mil caixas por dia entre 29 e 31 de dezembro. As vendas crescem em torno de 80 % se comparadas às outras datas comemorativas.”
No início da tarde do último dia do ano quase não havia espaço na calçada da loja. Dezenas de clientes se abarrotavam em fila indiana para escolher produtos entre as dezenas de opções que o local oferece. Desde os infantis até os mini shows pirotécnicos profissionais, os clientes não economizam na hora de gastar com os festejos.
“Os mais baratos são as caixas de Fogos de 3 tiros e fogos de cor, cada caixa com 12 peças fica R$ 15 e R$ 20, respectivamente.”
Os kits também caíram no gosto do campo-grandense e chegam a custar até R$ 3 mil. O mais em conta, de R$ 40, traz um misto de tiro com cor e o mais elaborado proporciona um show de sons e bombas coloridas que chegam a durar 4 minutos e 30 segundos, de acordo com o fabricante.
E os pets?
Thales Arando de Araújo, de 18 anos, herdou o gosto familiar pelos fogos de artifício durante a festa de Réveillon. O jovem, acompanhado do pai, Roberto Nunes de Araújo, deixou para comprar os “foguetes” horas antes da virada de ano.
A família Araújo espera reunir cerca de 40 pessoas em casa e estender as comemorações além da meia-noite. O patriarca da turma comprou vulcão de faísca, chuva de prata e varetas para celebrar a chegada do ano novo.
Apesar das luzes, cheiros e barulhos que as explosões dos artefatos soltam, Roberto garante que Pandora e Atena, as pitbulls da casa, terão um tratamento especial durante a queima de fogos.
“Sabemos dos riscos que os fogos trazem para os animais e para causar menos impacto, vamos colocar elas em um quarto e ligar a televisão no National Geographic que vai transmitir programação especial.”
A emissora prometeu, a partir das 23h45, exibir imagens e sons relaxantes a fim de tranquilizar os animais domésticos. A programação deve durar 45 minutos de música clássica harmonizada com vídeos e imagens de oceanos, montanhas e locais enigmáticos.
“Não abriremos mão da festa e poderemos curtir seguros de que os nossos animais não sofrerão com os impactos dos foguetes”, garantiu Araújo.
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