A Prefeitura de lançou nesta sexta-feira (20) uma licitação para compra de dez ambulâncias de suporte básico, para os atendimentos do (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), avaliada em R$ 2,2 milhões. Cada viatura está avaliada em mais de R$ 226,9 mil. 

O certame foi aberto uma semana depois do Jornal Midiamax ter denunciado o risco de suspensão do serviço de urgência devido à paralisação de ambulâncias no pátio do Samu. As viaturas estariam quebradas e passando por constantes manutenções.

O aviso do certame foi publicado no Diário Oficial do Estado, com previsão de receber propostas já no próximo dia 2 de agosto. Segundo o edital do certame, os recursos para compra das viaturas “correrão a cargo dos órgãos ou entidades usuários da Ata de Registro de Preços”, ou seja, da própria Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Anteriormente, a Prefeitura já havia afirmado que não teria dotação orçamentária para compra de novas viaturas, e que a questão poderia ser resolvida com a ajuda de emendas parlamentares.

Ambulâncias paradas

A reportagem do Jornal Midiamax revelou que cerca de dez viaturas em Campo Grande permaneciam sem rodar e socorristas contavam com apenas três veículos para atender todo o município, com mais de 800 mil habitantes.

Após a reportagem, parte das viaturas foram para oficinas em Campo Grande. O Jornal Midiamax flagrou as viaturas em três oficinas: Rocket, localizada na Dom Aquino, no Centro; Kapital Peças, na 14 de Julho e na Auto Peças Norte Sul, na Avenida das Bandeiras.

A Prefeitura disse que aguardava a reposição de nove das viaturas, o que seria responsabilidade exclusiva do Ministério da Saúde. Um dia depois, o Ministério respondeu em nota que não seria o único órgão responsável pela compra dos veículos, e que município e Estado também seriam competentes.

Nesta quinta-feira (19) o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul repassou uma ambulância à Sesau. A viatura será usada no transporte de pacientes das UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde).

MP-MS investiga caso

O MP-MS (Ministério Público Estadual) chegou a abrir um inquérito sobre o caso, e oficiar os ministros Gilberto Occhi, da Saúde, e Carlos Marun (MDB), para que intercedessem por “celeridade” na reposição das viaturas.

A investigação está sendo conduzido pela promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan. Em reuniões realizadas anteriormente à abertura do inquérito, a Prefeitura de Campo Grande confirmou números que apontam a insuficiência de ambulâncias.

De acordo com a Prefeitura, há atualmente dez ambulâncias básicas aptas para o funcionamento, conforme às normas do Ministério da Saúde. Entretanto, dessas, oito encontram-se paradas para manutenções constantes.