Após operação do Gaeco, Minerworld nega pirâmide e alega ter sido vítima de fraude

Empresa foi um dos alvos da operação Lucro Fácil

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Empresa foi um dos alvos da operação Lucro Fácil

Após a execução da operação Lucro Fácil pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (17), a empresa de mineração de bitcoins, Minerworld, um dos alvos da ação, alegou que não conseguiu manter seus pagamentos em dia por ter sido vítima de uma fraude. A empresa ainda negou que seja uma pirâmide financeira.

Sobre a operação deflagrada nesta manhã, a empresa emitiu uma nota informando que “não é, nem nunca foi, uma pirâmide financeira”. Já em relação aos calotes, o comunicado diz que a mineradora de bitcoins não conseguiu manter os pagamentos dos clientes em dia após sofrer uma fraude.

“A empresa foi, sim, vítima de uma fraude no trader americano Poloniex, em outubro do ano passado, no valor total de 851 bitcoins – cerca de R$ 23, 8 milhões pelo câmbio de hoje, 17 de abril de 2018. Desde então, a Miner passou a ter dificuldades para realizar seus pagamentos em dia. Todos os demais esclarecimentos serão prestados em juízo”, conclui a nota.

Desde outubro de 2017 a Minerworld deixou de repassar os rendimentos dos investidores, valores que seriam decorrentes da suposta mineração de bitcoins. Conforme o titular da 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Luiz Eduardo Lemos de Almeida, que atua na defesa do consumidor, a interrupção desses pagamentos foi um dos pontos que deram força para as investigações do MPE (Ministério Público do Estado).

Operação Lucro Fácil

O alvo da operação Lucro Fácil, deflagrada nesta manhã (17) pelo Gaeco, foi a empresa Minerworld, investigada por suspeita de crime contra a economia popular. Ao todo, de acordo com o Gaeco, foram oito mandados de busca e apreensão em Campo Grande e São Paulo, expedidos pela Vara de Direitos Difusos e Coletivos de Campo Grande, em ação civil pública proposta pela 43ª Promotoria de Justiça do Consumidor.

O Gaeco fez busca e apreensão nas sedes das empresas Minerworlds, Bit Ofertas e Bitpago, em Campo Grande, além das residências dos sócios, Cícero Saad e Johnnes Carvalho.

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