6 motivos para fazer a castração do seu bicho de estimação
Jornal Midiamax conversou com especialistas que deram bons motivos para castrar
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Jornal Midiamax conversou com especialistas que deram bons motivos para castrar
O ano é 2018 e por mais incrível que pareça, a castração de animais ainda é um grande tabu. Há uma certa romantização no que envolve a reprodução de cães e gatos, porém, este traço cultural que humaniza o comportamento de animais esconde uma verdade: o controle populacional de animais domésticos é uma questão de saúde pública e quando isso não é respeitado, a sociedade pode pagar o preço.
O Jornal Midiamax conversou com especialistas, gestores e protetores de animais, que ajudaram a compor uma lista com alguns bons motivos para castrar seu animal de estimação. Confira:
Animais castrados não são infelizes
Nenhum animal doméstico precisa acasalar e ter filhotes para se sentir pleno. Esses são valores humanos que, infelizmente os tutores reproduzem aos bichos de estimação. Na verdade, é o contrário. O cão ou gato que é castrado não vai estar vulnerável ao estímulo dos hormônios das fêmeas e não vão sofrer com essa frustração. “Muitos animais se machucam na tentativa de tentar acasalar e isso pode trazer lesões graves, brigas, disputas territoriais”, explica Silvana Moreira, protetora independente de animais em Campo Grande.
Quem vai cuidar?
Um dos fatores que ocasionam essa superpopulação é a falta de cuidado dos tutores responsáveis, que vão zelar pelo bem-estar do animal. Parte das pessoas considera que cães e gatos “perdem a essência” se não se reproduzirem, e esquecem que cada filhote – cerca de 4 a 8 por ninhada, dependendo da espécie, raça e porte – precisará de donos responsáveis. Outra parte simplesmente não consegue controlar os animais que, estimulados pelos feromônios de fêmeas em período reprodutivo, costumam fugir. “Por isso é preciso considerar a castração dos animais. Você até consegue, minimamente, controlar uma cadela no cio ou um cão, mas um gato é muito mais complicado, pois eles conseguem fugir”, explica a veterinária Iara Helena Domingos, coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande.
Mais animais abandonados
O primeiro fato relacionado à cultura da livre reprodução de animais de estimação mora na superpopulação. A partir daí, os animais que não encontram tutores são abandonados e vivem nas ruas. Sem a proteção dos tutores, são vítimas de maus tratos, não têm acompanhamento veterinário, ficam mais suscetíveis a doenças e podem passar fome. “Nossa luta é que a castração seja universalizada, que todas as pessoas tenham acesso ao serviço público de castração como uma política pública, já que a sociedade como um todo se beneficia quando um animal é castrado”, aponta Maria Lucia Metello, presidente da ONG (organização não-governamental) Abrigo dos Bichos.
Os bichos vivem mais
Animais castrados, tanto machos como fêmeas, ficam livres de doenças que podem afetar órgãos reprodutivos, como câncer de útero, doenças venéreas como FIV (Aids felina) e uma série de outras enfermidades. “Gravidez psicológica, miomas uterinos, câncer de mama, e outras complicações são comuns em fêmeas tanto de gatos como de cães que não são castradas e muitos desses animais morrem em decorrência disso. O animal castrado fica bem menos suscetível a essas doenças e por isso se observa a sobrevida”, comenta a veterinária Claudia Mendes.
Menos fugas e mais dóceis
Ah, e como os animais também costumam ficar mais dóceis, eles também ficam menos suscetíveis às fugas. na prática, isso também resulta em menos doenças e menos exposição a parasitas como pulgas e carrapatos. “Quando um gato foge, por exemplo, ele pode acasalar com uma fêmea, engravidá-la, e ainda envolver-se em brigas nas ruas, sem falar que correm o risco de serem atropelados, comerem comida envenenada, contrair pulgas e carrapatos. É normal que eles também fiquem mais dóceis, menos ariscos, porque esses comportamentos são provocados pelos hormônios sexuais”, explica Laura Ribeiro, enfermeira e protetora de animais em Campo Grande.
A castração pode ser gratuita em Campo Grande
Na Capital do Mato Grosso do Sul, existe a meta de se castrar pelo menos 600 felinos e 200 cães por mês após o reforço da política pública de controle da população dos bichos de estimação. Isso tornou-se possível após a reforma e equipação do centro cirúrgico do CCZ municipal, inaugurado em março de 2018. O serviço, que é agendado por telefone todo dia 20 do mês ou no dia útil subsequente, é gratuito e voltado especialmente à famílias carentes da Capital. Você pode conferir como funciona o programa clicando AQUI. Porém, caso não consiga agendar uma vaga pela Prefeitura, consultórios particulares podem fazer a castração e é possível encontrar preços de R$ 80,00 a 400,00, dependendo da raça e porte do animal.
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