Hospital realizava cirurgias ortopédicas desde 2013 

Sem contrapartida da Prefeitura de Campo Grande, o hospital do Pênfigo fechou suas portas aos atendimentos gratuitos de ortopedia, que recebia cerca de 100 pacientes por mês, principalmente, de vítimas de acidentes de trânsito. Sem o local, a especialidade passou a ser recebida pela Hospital Universitário.

O hospital realizava cirurgias ortopédicas desde 2013 dentro do projeto TOI (Trauma Ortopédico Eletivo), para casos leves e que registram alta demanda, com objetivo de desafogar a Santa Casa e o PAM (Pronto Atendimento Médico) do hospital Regional. 

O serviço antes disponibilizado pelo Pênfigo, realizava-se em cumprimento a Lei da Filantropia, que estabelece a toda instituição o dever de disponibilizar, no mínimo, 60 procedimentos aos pacientes do SUS, clínico ou cirúrgico, e ou ainda, 20% de sua receita corrente bruta. Em contrapartida, os plantões dos médicos eram pagos pela prefeitura.

Um médico funcionário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) que preferiu não ser identificado, contou que mensalmente eram repassados R$ 150 mil para pagar os plantonistas; valor ínfimo, em relação ao custo que as cirurgias gerariam sem a filantropia. Segundo ele, estima-se que em três anos 4 mil pacientes foram atendidos pela ‘parceria’.

Situação crítica 

Com o encerramento dos atendimentos do Pênfigo, os pacientes que necessitam da assistência têm que procurar o Hospital Universitário que, nos últimos tempos apresentado dificuldades para caminhar. Tanto é, que nesta semana a instituição cancelou as cirurgias eletivas e de urgência no Centro Cirúrgico e Centro Obstétrico por falta de compressas.