Loja de fast fashion e até centro de fisioterapia devem parar em greve geral

Locais se solidarizaram com trabalhadores

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Locais se solidarizaram com trabalhadores

A greve geral de sexta-feira (28) promete ser a maior dos últimos 30 anos – de acordo com as centrais sindicais – e boa parte do comércio central de Campo Grande deve parar, em solidariedade aos trabalhadores. Além deles, no entanto, dois estabelecimentos que aderiram à paralisação chamam atenção: uma loja de ‘fast fashion’, franquia conhecida em todo o Brasil e  um centro de fisioterapia, cuja iniciativa foi da proprietária.

Vanessa Moraes de Mello é a dona da Clínica de Fisioterapia Reviver. Na sexta, o local estará fechado. Além dos próprios trabalhadores do local, ela explica que a adesão foi motivada pelo público atendido no local, a maioria dos pacientes irá participar da greve.

“A gente atende vários planos de saúde, os funcionários públicos da prefeitura, de vários planos de saúde, trabalhadores da construção civil, temos toda uma classe que a gente atende. Ai a gente vendo o povo comentar sobre essa manifestação e sobre essa crise, a gente decidiu aderir por união ao povo brasileiro”, contou ela.

A greve é um levante contra as reformas que são, atualmente, votadas no Congresso, projetos do governo de Michel Temer (PMDB), como a Reforma da Previdência – em votação -, a Reforma Trabalhista – em votação -, e a aprovação da terceirização das atividades-fim.

Vanessa relata que não percebeu a mesma iniciativa de outros locais, mas decidiu aderir mesmo assim. “Até tenho o grupo de todos os proprietários de clínicas de fisioterapia, por esses dias está meio quieto. Eu e aí eu pensei, a maior parte dos clientes também vai paralisar, o ônibus vai parar, a gente se solidariza”.

Entenda

Mais de 200 entidades, diversas categorias e setores que vão do transporte público e privado à saúde pública: todos aderem à greve geral que ocorre na sexta-feira. São lojas diversas, delegacias, ônibus e hospitais, os dois últimos funcionam em regime de emergência..

Conforme explicou o coordenador do Fórum Estadual Contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, Weberton Sudário, a população deve estar preparada pois o ritmo dos serviços – mesmo aqueles essenciais – deve diminuir ou até paralisar. A greve terá um ponto de encontro, às 8h, na Praça Ary Coelho, região central. Não há um itinerário confirmado, mas as categorias devem marchar pelo centro. O Comitê espera um número maior do que o último protesto no dia 15, que levou cerca de 15 mil pessoas para a rua.

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