Em dia de chuva, favela da Capital é só caos e lama

Situação se arrasta há um ano 

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Situação se arrasta há um ano 

Moradores do José Teruel II, formada por moradores da extinta Cidade de Deus, enfrentaram um final de semana tumultuado em razão da forte chuva que atingiu a Capital entre ontem e hoje (16). Barracos ficaram destelhados e o chão das moradias se transformaram em lama. 

 Sábado, 15 de abril, o clima na Capital começava a mudar, e os moradores se ocupavam para não perder o pouco que tem. Com uma enxada na mão, o porteiro Paulo Silva, 35 anos, tenta arranjar um jeito de impedir que a água entre em seu barraco. Mas, a água é mais forte, e vence o morador. Horas depois, dentro da casa é pura lama. “Quando chove a gente fica preocupado, ou é o vento ou é a água”, conta. 

O morador Marcos Pereira, 44 anos, também comentou sua preocupação com o local, que a cada dia padece pela irregularidade das moradias. “Fizeram um cascalhamento, mas a vazão da água está correndo para as casas, e como uma parte é descida, entra tudo para os barracos”, lamentou. Para ele, a única forma de resolver o problema das famílias é finalizando as casas. “Precisamos de uma solução definitiva”, inteirou. 

 Promessa antiga 

O drama dos moradores se arrasta desde fevereiro do ano passado, desde que moradores foram retirados da favela Cidade de Deus, com a promessa que seriam alocados em casas de alvenaria, distante da realidade dos barracões. 

Enquanto aguardam a conclusão das casas de alvenaria, em construção há mais de um ano – e abandonada pela metade -, moradores improvisam barracos e utilizam o que ficou pronto das casas de tijolo para morar. Vulneráveis ao vento e à água, quando o tempo muda os problemas triplicam. 

Para concluir os imóveis, a prefeitura cogita investir R$ 9 milhões. Ao todo o projeto apresenta 300 moradias e está na fase de assinatura de responsabilidade técnica, 

 

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