Vale diz que contaminação de rio no Pantanal é ‘tecnicamente’ impossível

Empresa também recebeu inquérito aberto no dia 8

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Empresa também recebeu inquérito aberto no dia 8

A Vale, empresa responsável por mineradoras em Corumbá, cidade a 430 quilômetros de Campo Grande, informou que a contaminação do Rio Paraguai por minérios é “inverídica, não sendo tecnicamente possível”. A denúncia foi feita por um empresário do turismo de Corumbá ao Jornal Midiamax. A assessoria da companhia ainda citou que recebeu documento de abertura de inquérito do MPE (Ministério Público Estadual) para investigar a situação das barragens.

A decisão da 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá foi publicada no Diário Oficial do dia 8 com base em parecer do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Segundo assessoria da empresa, “o documento foi recebido e será avaliado”.

O empresário Reginaldo Sucuri denunciou a equipe de reportagem que ele encontrou peixes mortos boiando no Rio Paraguai, próximo a região de Albuquerque, e a causa seria vazamento de minérios da mineradora. “O rio fica até vermelho quando descem os minérios. Os peixes morrem intoxicados”, disse.

Sobre essa contaminação, a assessoria da empresa afirmou ser “inverídica, não sendo tecnicamente possível”. Justificativa semelhante foi dada pelo Imasul. “Nós não constatamos na vistoria qualquer irregularidade”, disse o diretor de licenciamento do Imasul, Ricardo Eboli.

Segundo ele, a explicação para a mortalidade dos peixes seria o fenômeno ‘dequada’. “O Rio Paraguai, com as últimas chuvas, tem intensificado esse processo de decomposição da matéria orgânica, levando a índices de quase zero o oxigênio dissolvido na água. Esses peixes mortos que foram avistados na cidade de Corumbá são provenientes de processos de baixa oxigenação da água nas regiões amontantes da cidade, e não aonde se insere, nas morrarias de Urucum e Maria Coelho”.

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