Polícia Federal abre inquérito para investigar ataque a acampamento indígena
Ontem (03) barracos foram incendiados e indígenas expulsos
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Ontem (03) barracos foram incendiados e indígenas expulsos
A situação é calma nesta quinta-feira (04) no acampamento Kurussu Ambá, em Coronel Sapucaia, distante 395 quilômetros de Campo Grande depois do ataque que resultou em vários barracos incendiados na manhã de ontem (03). A Polícia Federal esteve no local fazendo perícia para abertura de inquérito.
Cerca de 25 famílias tiveram seus barracos incendiados depois que homens armados em camionetes avançaram pelo acampamento empurrando e tirando as famílias, segundo o coordenador regional da Funai em Ponta Porã, Elder Paulo Ribas da Silva.
Pela tarde, o Ministério Público Federal, a Força Nacional e a Polícia Federal estiveram no local para levantar informações sobre o ataque. E ainda de acordo com Elder, a Polícia Federal fez perícia para iniciar as investigações.
Elder afirma que são 12 pontos de queimadas e cerca de 25 famílias desalojadas. “Eles voltaram para os barracos e dormiram lá pela noite. Mas, perderam roupas, comidas… Eles estavam procurando no meio das coisas incendiados sobras de roupas e comidas”, explica.
Coronel Sapucaia, Antônio João, Caarapó e Naviraí são cidades em que os conflitos entre indígenas e fazendeiros são piores no Estado. Os indígenas pedem a demarcação, que em algumas regiões está parada há anos.
De acordo com o Cimi (Conselho Indiginista Missionário), há quase uma década o acampamento Kurusu Ambá de Coronel Sapucaia está em processo de identificação e delimitação. Em março de 2015, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a decisão de reintegração de posse contra Kurusu Ambá, garantindo a permanência das famílias em parte da área.
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax não conseguiu contato com o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso.
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