Funcionários denunciam falta de material em hospital e temem contaminação
Hospital rebateu acusações e disse que foi erro de organização
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Hospital rebateu acusações e disse que foi erro de organização
Funcionários do hospital Geral El Kadri denunciaram a falta de materiais básicos para atendimento dos pacientes, como luvas e seringas, e afirmaram que a situação, além de comprometer a qualidade do atendimento, coloca a vida dos profissionais em risco. O hospital rebateu a afirmação dizendo que a denúncia é incoerente e que houve apenas um erro de organização setorial.
Já os denunciantes afirmam que há pelo menos duas semanas o hospital está com deficit de material, chegando ao ponto de ter apenas uma caixa de luva para atender todos os pacientes do CTI (Centro de Terapia Intensiva). “Nas enfermarias também não tem, nem seringas e equipamentos de bombas de infusão”, disse.
Os profissionais alegam que a situação expõe os técnicos e enfermeiros a risco de contaminação por bactérias, por exemplo. “Podemos contrair uma infecção hospitalar, ou mesmo nos contaminarmos no tratamento de pacientes”, explicou.
Por fim, os denunciantes reforçaram que as consequências da falta de materiais pode refletir diretamente no atendimento. “Se um paciente tem uma parada cardíaca ele vai morrer, porque ninguém vai querer reanimá-lo sem luva. Ou até mesmo em casos mais simples, como por exemplo, ninguém vai querer trocar um paciente ou aspirar sem material”, finalizou.
O proprietário do hospital, Mafuci Kadri disse que a denúncia pode ser fruto de algum funcionário insatisfeito com uma provável demissão e que são infundadas. O
chefe geral de enfermagem e responsável técnico pelo hospital explicou que houve um erro de organização setorial e por isso alguns funcionários reclamaram da falta de equipamento, mas que tudo já está organizado e não há faltas em nenhum setor.
O presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana explicou que ainda não chegou nenhuma denuncia sobre isso ao sindicato, e falou que a situação não é comum nos hospitais do Estado. “A última visita de fiscalização no El Kadri foi em no início de janeiro e não constamos nenhuma irregularidade. Não é normal as unidades terem problemas com material. Na verdade a único registro recente que eu tive disso foi na Santa Casa, por causa daqueles problemas de contrato”, destacou.
Ainda segundo Lázaro, a orientação para todos os profissionais é que em casos como este, o sindicato seja comunicado para que possa agir, e se for o caso, encaminhar para os órgãos competentes, como Ministério do Trabalho e Emprego.
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