Sesau também pediu 6 mil doses da vacina a professores 

Em meio ao número elevado de confirmações de pacientes com  gripe A e com o “estoque extremamente baixo” do medicamento Tamiflu, usado no tratamento da doença, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) acionou o MPF (Ministério Público Federal), na tentativa de conseguir mais remédio junto ao Ministério da Saúde. Como o pedido já foi feito, sem resposta positiva, a ideia é que o Ministério Público Federal adote algum tipo de medida, que pode até ser judicial.

Por meio de ofício, o secretário municipal, Ivandro Fonseca também pediu 6 mil doses da vacina trivalente, que protege contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B, ao governo do Estado, com a intenção de cumprir a lei que inclui professores em programa de vacinação.

Conforme a assessoria de imprensa da Sesau, o Tamiflu só é receitado quando há confirmação da doença. Por isso, conforme a Secretaria,  mesmo com o baixo estoque, não está faltando medicamento.  A quantidade de medicamentos que ainda estão dispóníveis na rede pública, não foi informada sob a alegação de não há um levantamento pronto.

Além da possível falta do principal medicamento usado no tratamento da gripe A, que inclui os vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B, as reclamações da falta de vacina aos grupos de risco também continuam.

A divulgação de confirmação de 20 mortes pela doença, no Boletim Epidemiológico da SES, na tarde de ontem (18), provocou correria e falta vacina na rede pública e até em clínicas da Capital. Uma leitora que preferiu não se identificar, pontuou a falta da vacina, na tarde desta quinta-feira (19),  na UBS Lar do Trabalhador Dr. Nicolau Fragelli, na Avenida Crisântemos.

Nem na rede privada

Não é possível estimar a quantidade de doses distribuídas nas clínicas de vacinação particulares de Campo Grande, no entanto, uma pesquisa feita pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax mostra que não há mais imunização disponível para adultos. Em cinco clínicas pesquisadas, há apenas vacinas pediátricas.

O problema atingiu também a rede pública de saúde. A Campanha de Nacional de Vacinação teve início no dia 30 de abril e nas primeiras semanas, as doses enviadas para os municípios não foram suficientes para atender a demanda dos grupos de risco.

PEDIDO DE VACINA AOS PROFESSORES

Com relação a vacinação dos professores, a Sesau enviou ofício a SES (Secretaria Estadual de Saúde), nesta quinta-feira (19) pedindo 6 mil doses de vacina contra a gripe A, depois da morte de um professor que lecionava na Escola Amélio de Carvalho Baís. As doses serão destinadas a professores da Rede Municipal de Ensino (Reme).

No documento, o secretário municipal de saúde, considera que os professores tem direito à imunização conforme disposto na Lei nº 5.225, de 22 de outubro de 2013, que instituiu o Programa de Vacinação em Professores, profissionais de apoio e voluntários que lidam com crianças e adoelscentes em instituições de ensino no âmbito municipal.

DIREITO À VACINACom estoque  baixo, prefeitura apela ao MPF por mais remédio contra gripe

Em Mato Grosso do Sul, a lei estadual 4.575 de 24 de setembro de 2014 acrescenta à lei 3.829 de 23 de dezembro de 2009 que os professores da rede estadual também tem prioridade na vacinação contra o vírus H1N1.

A campanha termina oficialmente nesta sexta-feira (20), mas a vacinação será prorrogada em Mato Grosso do Sul para grávidas e crianças até 2 anos, conforme divulgado pelo governo do estado na manhã desta quinta-feira (19).