RETROSPECTIVA: pneumonia, zika e microcefalia marcaram ano
Novas doenças assustaram o país
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Novas doenças assustaram o país
Depois da dengue, em suas diversas tipologias, e a chikungunya, transmitida pelo mesmo agente, o já conhecido mosquitinho Aedes Aegypti, 2015 foi a vez de um novo vírus assombrar os brasileiros. O zíka vírus, nome de origem africana, pode ter chego ao país durante a copa do mundo, em julho de 2014, mas segundo os especialistas, só foi percebido quase um ano depois, quando as primeiras crianças começaram a nascer com microcefalia, após as gestantes terem apresentado sintomas parecidos com a dengue durante a gravidez.
Além da semelhança no quadro clínico dos pacientes, como febre, dor de cabeça, articulações e manchas pelo corpo, a doença também é transmitida pelo Aedes, assim como a dengue a chikungunya, o que torna o mosquito ainda mais perigoso, devido as consequências do zika vírus, que além de estar diretamente ligado a mais de 1.700 casos de microcefalia em 618 municípios brasileiros, também está sendo relacionado a síndrome de Guillain-Barré, que leva a inflamação dos nervos, e provoca fraqueza muscular.
O Ministério da Saúde já confirmou a relação entre o vírus e a síndrome, explicando que a doença é uma reação rara a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, entre eles, o zika vírus. O diagnóstico para o novo vírus ainda é demorado, porque poucos laboratórios estão capacitados para fazer os testes, e a demanda tem sido cada vez mais intensa.
Segundo o infectologista e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz em Mato Grosso do Sul), Rivaldo Venâncio, pelo menos um terço dos casos registrados como dengue são na verdade, zika vírus, mas como na maioria da população a doença tem sintomas brandos, os casos passam despercebidos.
Morte misteriosa
O caso da jornalista Priscilla Sampaio, que faleceu no dia 30 de setembro, dois dias depois de apresentar os primeiros sintomas de uma doença que até agora não foi confirmada, também comoveu e assustou os sul mato-grossenses. A repórter tinha apenas 32 anos e não possuía histórico de doenças.
Na época, doenças virais como dengue, H1N1 e chikungunya chegaram a ser cogitadas, mas posteriormente descartadas pelos mais de 20 exames realizados pelo Instituto de Infectologia Emidio Ribas, em São Paulo.
Priscilla foi internada no Hospital Unimed Campo Grande, no dia 28, com tonturas e dificuldade para respirar, e morreu dois dias depois. A SES (Secretaria de Saúde do Estado) informou que o caso seria concluído como morte provocada por pneumonia sem fator determinante.
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