Combate à violência sexual a crianças e adolescentes
Quem passou pela praça Ary Coelho presenciou uma movimentação diferente na manhã desta quinta-feira (12.11) e teve a oportunidade de conhecer a campanha “Faça Bonito”, organizada pela prefeitura em parceria com a Rede Proteção Social Especial. Com distribuição de squeeze, lixocar e panfletos informativos, as equipes buscaram chamar a atenção da população para a Campanha Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes.
De acordo com a responsável pela mobilização, a assistente social, Diony Basilio de Souza Brandão, o número de denuncias reduziu. “Em 2014 foram atendidos 304 casos de abuso, neste ano, até o momento, caiu pra 137. Essas campanhas são lembradas regularmente, ajudando bastante. Além do trabalho eficaz realizado nos Crea (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), onde famílias em situação de risco pessoal e social são atendidos, por violação de direitos”, explicou.
A campanha ”Faça Bonito” foi instituída na segunda semana do mês de novembro, sob a Lei n. 5.288, de 8 de janeiro de 2014, e teve a intenção de sensibilizar a população para o combate à violência sexual a crianças e adolescentes. Além da orientação, o destaque dado à campanha ficou por conta da importância da participação da sociedade por meio do Disque 100, serviço que funciona 24 horas. As ligações são gratuitas e de forma anônima.
Para diretora da Proteção Social Especial, Inara Luiza Sales Cabral, as campanhas resultam na conscientização da população. “A sociedade começa a ter outro olhar, percebemos aumento das denúncias e assim, os órgãos de proteção da criança e do adolescente, como o Conselho Tutelar, assumem medidas protetivas”, ressaltou.
A artesã Dilva Lima, afirma que sempre teve diálogo com os filhos. “É muito importante estabelecer esse tipo de conversa, os pais não podem ficar constrangidos. Na minha casa, a conversa se estende aos netos”, explicou
Prsente á praça Ary Coelho, a servente de limpeza, Genilda de Sousa, destacou que as mobilizações no centro da capital refletem nos bairros. “Sou moradora do bairro Moreninha III, já escutei muitos casos de abusos. Tenho duas filhas adolescentes, constantemente busco diálogo com elas. É fundamental que os pais fiquem atentos”, propôs.
O conselheiro tutelar, Benedito Carlos, que costuma participar da mobilização, nota que o medo é um dos principais obstáculos para as denuncias. “Mesmo com toda insegurança, a população está mais segura, em função de ações como essas. O principal trabalho para que o Conselho Tutelar atue, são por meio de denuncias. O Dique 100, também é de extrema importância. O atendimento do Conselho tem o sentido de garantir e promover direitos da criança e do adolescente”, elucidou.
