Pacientes reclamam de falta de médicos em CRS, um dia antes da greve

Escala tem apenas dois médicos no CRS nova Bahia

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Escala tem apenas dois médicos no CRS nova Bahia

Pacientes que buscaram atendimento médico no CRS (Centro Regional de Saúde) Nova Bahia, na manhã desta sexta-feira (14), reclamaram da falta de médicos. Segundo a informação apenas um profissional estava atendendo no local.

A dona de casa Rosa de Camargo, de 39 anos, chegou ao CRS por volta das 7 horas reclamando de cólica renal e até às 9h30 não havia sido atendida. “É muito ruim ficar esperando com dor”, lamenta.

O aposentado Manoel Candido da silva, de 75 anos, sofre com problemas no coração. Ele procurou atendimento para verificar um inchaço nos pés mais de duas horas depois também não havia sido atendido. “Tenho de esperar, não tenho outro recursos, mas nós somos [cidadãos] culpados disso porque votamos mal”, ressalta.

A dona de casa Helena Alves, de 42 anos, tambeḿ enfatiza o tempo de espera. “Isso é muito ruim. Só tem um médico atendendo. A população fica muito prejudicada”, pontua.

De acordo com o coordenador de urgência e emergência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) Frederico Garlipp, aproximadamente 250 pacientes são atendidos diariamente no CRS nova Bahia. Ele nega que haja apenas um médico realizando o atendimento e defende que o quadro de profissionais está de acordo com a escala, que prevê dois clínicos gerais, um deles exclusivo para a área vermelha.

À tarde a previsão é de que o atendimento seja realizado por quatro médicos, um deles destinado para a área vermelha. Quanto à possibilidade de fechamento dos CRSs Nova Bahia, Coophavila, Frederico Garlipp, diz que a informação não procede e ressalta que ambos os locais devem passar por reforma no próximo ano.

“O número de médicos é suficiente para atender a demanda. É mentira esse boato de que fecharemos os CRSs. Existe um plano de reforma, mas não deve ser neste ano porque depende de verba, aprovação. Por enquanto não temos nada concreto”, frisa.

Questionado sobre o atendimento, caso os médicos iniciem a paralisação neste sábado (15), conforme anunciou a assessoria de comunicação do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), o coordenador de urgência e emergência adianta que contará com o auxílio das unidades de apoio.

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