Incêndio em frigorífico de MS pode render multa de até R$ 100 mil
O local não possui brigada de incêndio, o que dificultou o trabalho dos bombeiros
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O local não possui brigada de incêndio, o que dificultou o trabalho dos bombeiros
Os proprietários do Frigorífico Minerva, localizado às margens da rodovia MS-134, em Batayporã, distante 312 quilômetros de Campo Grande serão responsabilizados e multados pelo incêndio de grandes proporções que destruiu os setores de desossa, armazenagem e carregamento e seguiu para a área de resfriamento do local.
Segundo o Capitão do Corpo de Bombeiros de Nova Andradina Pablo Diego Barros de Jesus, o frigorífico estava com o projeto de brigada de incêndio aprovado desde janeiro deste ano, mas não possuía nenhum equipamento de segurança obrigatório. “Não fizeram a execução do sistema aprovado conforme as normas técnicas e o nem conforme projeto aprovado”, explica ao Capitão.
No local, de acordo com o Capitão, teria que haver pelos menos 20 hidrantes de parede, além de iluminação de emergência e rota de fuga. Ele destaca que o fato do local estar irregular dificultou muito o trabalho do corpo de bombeiros que teve que improvisar para começara a combater as chamas. “Chamamos um pessoal da manutenção para puxar o cano da caixa d’agua e usarmos. O fogo teria sido controlado bem antes se tivesse tudo certo”, conta.
De acordo com o Capitão a multa para os proprietários será arbitrada de acordo com o uferms (Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul) fixado. A multa que varia de 10 a 5 mil uferms poderá ultrapassar R$ 100 mil e será definida pelo Comandante do Corpo de Bombeiros até a próxima sexta-feira (21). O Capitão explica que o valor será definido de acordo com poder econômico da empresa, quantidade de funcionários, tamanho da empresa e risco que ofereceu aos funcionários e a outras pessoas.
O caso
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 11h desta quarta-feira (19). Para conter o fogo foi necessário além do conteúdo da caixa d’agua do local, dois veículos de incêndio, cinco caminhões-pipa das Usinas Santa Helena e Laguna, um caminhão-pipa de Nova Andradina e um de Batayporã. Vigias da unidade estavam no local no momento do acidente, mas foram removidos pelos socorristas.
Apesar de o local estar desativado desde o dia 1º de julho, houve a preocupação de ter produtos químicos armazenados no interior da indústria, o que poderia potencializar ainda mais o incêndio. Responsáveis pelo prédio informaram que nas instalações não havia gás amônia, que é tóxico.
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