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Cotidiano

Fundada por tcheco que fugia do nazismo, Batayporã completa 52 anos

Sexta-feira será ponto facultativo nas repartições públicas do município
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Sexta-feira será ponto facultativo nas repartições públicas do município

A cidade de Batayporã, a 306 quilômetros de , completa nesta quinta-feira (12), 52 anos de emancipação política. O município tem 10.830,00 habitantes, de acordo com o levantamento do IBGE (Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística) de 2010. A prefeitura decretou ponto facultativo para as repartições públicas na sexta-feira (13). De acordo com o IBGE, o município fruto de um projeto de colonização do industrial do tcheco Dr. Jan Antonin Bata (fundador e idealizador de mais de oitenta cidades em todo o mundo).

A implantação do projeto que culminou com a criação da cidade teve início em 1953, na então Fazenda Samambaia (hoje Batayporã), quando chegaram os primeiros adquirentes de lotes, em caravanas chefiadas por Vladimir Kubik, lotes situados nas proximidades do Córrego Alegria.

Pela Lei nº. 669, de 11 de novembro de 1953, publicada no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, nº. 11062, de 14 de dezembro de 1953, o pequeno povoado foi elevado à categoria de distrito, com a denominação: ″Distrito de Batayporã″. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Batayporã, figura no município de . Elevado à categoria de município com a denominação de Batayporã, pela lei estadual nº 1967, de 12-11-1963, desmembrado do município de Nova Andradina. Sede no antigo distrito de Batayporã. Constituído do distrito sede. Instalado em 25-04-1965. 

História

De acordo com informações da embaixada da República Tcheca, Jan Antonín Baťa nasceu na Moravia, na região do Reino tcheco. Após a 1ª Guerra Mundial, ele viajou para os Estados Unidos para abrir uma filial de manufatura. Em 1920 volta para a Tchecoslováquia e casa-se com Marie Gerbecová. É após o nascimento da filha Edita em 1925, que Jan Antonín conhece pela primeira vez o Brasil.

De volta a Zlín, já é há algum tempo o braço direito do irmão Tomás. Após a morte do irmão, ele assume a propriedade e o comando de todas as empresas Bata na Tchecoslováquia e no exterior. No fim dos anos 1930, com o perigo nazista, Jan Baťa propõe ao governo tchecoslovaco “transferir o estado (da Tchecoslováquia) para o Brasil” onde já tinha comprado os terrenos. 

Consta que antes e durante a invasão da Tchecoslováquia pelos nazistas, Jan Bata usou a sua empresa para salvar a vida de centenas de seus colaboradores entre eles, inúmeras famílias de judeus. Em 1947 Jan Bata é acusado perante o Tribunal Nacional de Praga de 64 crimes contra a nação e sua extradição é pedida ao Brasil. Antes do prazo é naturalizado brasileiro por interesse nacional através de decreto assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra. 

Depois do episódio, Jan Bata dá início a colonização das regiões Oeste de São Paulo e Sudeste de Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, resultando desse trabalho quatro cidades: Batatuba e Mariápolis no Estado de São Paulo e no Estado do Mato Grosso do Sul, Bataguassú e Batayporã. Em terra de sua propriedade no MS assenta 100.000 pessoas em 300.000 hectares. 

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