Posseiros usam internet para vender imóveis irregulares em bairros de Campo Grande
Está foragida a golpista que, segundo a Polícia Civil, tentou vender para o dono de um imóvel no Jardim Aeroporto a própria casa, depois de invadi-la. A autora, identificada como Ana Maria dos Santos Ferreira, de 32 anos, não teria obtido sucesso na empreitada, mas lucrou mesmo assim com a comercialização da residência a uma […]
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Está foragida a golpista que, segundo a Polícia Civil, tentou vender para o dono de um imóvel no Jardim Aeroporto a própria casa, depois de invadi-la. A autora, identificada como Ana Maria dos Santos Ferreira, de 32 anos, não teria obtido sucesso na empreitada, mas lucrou mesmo assim com a comercialização da residência a uma terceira pessoa. Para isso ela contou com o apoio de dois comparsas que estão presos.
O delegado que investiga o caso diz que a prática infelizmente tem sido frequente na Capital. Valmir Moura Fé conta que quadrilhas especializadas procuram terrenos e imóveis abandonados, onde colocam placas de venda, e tentam negociar o local de forma irregular. O detalhismo do golpe é tanto que os bandidos chegam a levantar dados da propriedade na Prefeitura e nos cartórios, conseguindo dessa maneira falsificar documentações.
“O Bairro Nova Campo Grande é onde ocorre o maior número de crimes como esse, que enquadra os autores por falsificação de documento público e estelionato. É mais comum acontecer com imóveis oriundos de herança, ou que o dono morre em outra localidade. Essas quadrilhas anunciam na Internet e até nos classificados de jornal a preços bem abaixo do valor de mercado”, explica o delegado titular da 7ª Delegacia de Polícia.
No crime pelo qual Ana Maria dos Santos Ferreira é investigada ela teria conseguido acesso à escritura com o próprio dono da residência. Depois da invasão ela argumentou com a vítima que gostaria de comprar o imóvel e, ao saber que havia uma documentação, pediu para verificar. Com a cópia dos papéis convenceu outra pessoa que o imóvel seria dela e vendeu a residência por R$ 34 mil.
Corretor
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis alerta a população sobre esse tipo de prática e lembra que os profissionais legalizados dessa atividade não comercializam posse de imóveis. O corretor de imóveis só atua na intermediação de compra e venda de imóveis que tenham documentação legalizada, sendo também uma excelente fonte de consulta quanto a prevenção de fraudes.
“Quando a pessoa contratar um corretor deve pedir a ele que mostre a carteirinha do Conselho e o seu número da licença. O cliente pode checar o estado desse profissional na entidade para ver se ele enfrenta algum processo ou outro tipo de problema devido a sua atividade. Caso veja alguma pessoa que se passe por um corretor de imóveis em alguma negociação duvidosa deve o mais rápido possível denunciar ao Creci-MS para que o caso seja investigado”, diz o presidente do Creci-MS, Delso José de Souza. Segundo ele, o exercício ilegal da profissão trata-se de uma contravenção penal, que ao ser detectada pela instituição rapidamente é comunicada ao Ministério Público.
Internet
No site de classificados Bom Negócio.com o a reportagem encontrou para Campo Grande diversas ofertas de venda de posse de imóveis. É possível ver terrenos de 300m² ao preço de R$ 5 mil, sendo que o valor real seria cinco vezes maior.
Alguns anunciantes até expõem o nome, junto ao telefone de contato, como por exemplo, Paulo. Ele comercializa um terreno na Vila Marli por R$ 7 mil, que tem como dimensão 360 m². O terreno fica entre a Rua Piraputanga e a Rua Danúbio Azul. O Midiamax tentou entrar em contato com ele mas não conseguiu ouvir o ofertante.
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